Foste chamada a viver
quinze primaveras.
Agora, és uma flor
molhada pelo choro irrequieto
de nossas lágrimas.
A ti não foi reservado o papel
de trabalhar entre os homens
e chamada a trabalhar entre anjos
nem desconfiávamos.
No dia do teu aniversário
alimentamos a equívoca luz
de tua partida
com o soluço da saudade.
Aqui no chão
depositamos o teu corpo desanimado,
e de mãos entrelaçadas
elevamos o olhar perplexo
para o infinito.
quinze primaveras.
Agora, és uma flor
molhada pelo choro irrequieto
de nossas lágrimas.
A ti não foi reservado o papel
de trabalhar entre os homens
e chamada a trabalhar entre anjos
nem desconfiávamos.
No dia do teu aniversário
alimentamos a equívoca luz
de tua partida
com o soluço da saudade.
Aqui no chão
depositamos o teu corpo desanimado,
e de mãos entrelaçadas
elevamos o olhar perplexo
para o infinito.
30.04.1985
Sosígenes Bittencourt
Nunca me esqueci da morte de Suelma. Era o seu primeiro dia de trabalho e dia do seu aniversário. Avisado do seu trágico desaparecimento, fui vê-la no necrotério do Pronto Socorro da cidade. Suelma morreu atropelada na BR-232, quando caminhava pela banqueta da pista. Uns dizem que ela ia atravessando. Não importa. Passei muito tempo impressionado e ainda hoje não consigo esquecer. Resquiescat in pace.
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