Friday, May 06, 2011

A violência nossa de cada dia

Eu não sei se a sensação é de indignação, de medo, ou ambas simultaneamente. Mas, a estatística aponta, de 19 de setembro de 2010 até o dia 5 de maio de 2011, os números de assassinatos no mundo: Estados Unidos - 2.178, Brasil - 69.514. Registre-se que nos Estados Unidos não é proibido portar arma de fogo e sua população é estimada em mais de 300 milhões, enquanto nós andamos pela casa dos 190 milhões.

Se você é chegado a matemática, faça suas contas, entoe suas orações e boa sorte. No Café Filosófico, Joel Birman diz que a violência crescente e brutal entre os jovens, no Brasil, advém da desconstrução da família nuclear: o pai, a mãe e os filhos na composição do lar. Advém do desafeto e da desesperança fundadas pela fragmentação familiar. Tememos por nossas vidas em qualquer lugar e a qualquer hora. E ainda tem gente enclausurada, temendo botar a cabeça na janela, e pensando que mora em condomínio de luxo.

Periclitante abraço!

Sosígenes Bittencourt

10 comments:

silvio de bonamça said...

e verdade o brasil não e um berço da civilização mais sem duvida e o berço da matança humana se correr a bala pega se ficá a faca come e os nosso político estão ai em suas fortaleza cheia de segurança pago com nossos dinheiro no seus carro blindado e nós estamos em nossos casebre exposto ao sol e ao sereno a lamina e o gatilho sósigenes me desculpe mais um violento abraço

Blog Deu o Carai em Vitória said...

Pois é... E regionalmente falando, Vitória de Santo Antão vem demonstrando todo o seu espiríto "paz". Nesta cidade a disputa é pra ver quem comete o crime mais bárbaro. Quando imagimanos que já vimos de tudo... vem um gênio e supera a nossa visão igênua.

Há alguns dias postamos no Blog D.C.V uma reflexão que fala sobre a banalização da vida. Um dos trechos diz:

[...] Quanto vale a vida humana? Certamente, olhando esse valor pela visão dos olhos materialistas e mundanos, a vida vale qualquer preço. Pode valer um cigarro ou a quantia de R$ 1,00; Pode valer uma traição ou uma crise de ciúme incontida; pode valer um carro ou uma "generosa" quantia em espécie; pode valer o tamanho da ambição e inveja pelo que o semelhante é e/ou possui; pode valer um instante de raiva ou simplesmente o ímpeto perverso de não tolerar a existência da vida sob qualquer aspecto.

Em vitória de Santo Antão, zona da mata sul de Pernambuco, é isso que a vida humana nos últimos dias vem valendo; praticamente nada.
[...]

-
Abraços,
Blog D.C.V

Sosígenes Bittencourt said...

Esse último crime que ocorreu terça-feira, em Vitória, é uma prova de que criminosos disputam um campeonato de barbaridades. Duas menores atraíram um adolescente de 17 anos, para seus algozes matarem. A vítima tomou tiros na cabeça e facadas pelo corpo no bairro de Água Branca. São párias que não medem a consequência do que fazem. E não há oficina espiritual que resgate essas almas. A sociedade vê-se obrigada a praticar autodefesa, eliminando esses marginais. É uma espécie de Pena de Morte não redigida, efetuada pelo instinto de sobrevivência. A moral é "não matar", mas a ética termina sendo "matar para sobreviver".
Infernal abraço!

Anonymous said...

Um absurdo! Se alguém tiver uma dor de cabeça na madrugada e precisar comprar um comprimido, agoniza com a dor e não vai à farmácia com medo de perder a cabeça. Dolorido abraço.

Sosígenes Bittencourt said...

Aliás, não há remédio para certas dores de cabeça, e essa é uma delas: a violência nossa de cada dia.
Tenebroso abraço!

silvio de bonamça said...

e melhor ficá com dor de cabeça do que perder a cabeça e muito triste mais e a mais pura verdade os donos de casa funerária estão rindo átoa um cortante abraço

Sosígenes Bittencourt said...

De tanto que se mata e de tanto que se morre, inventam até nossa morte. De vez em quando, espalham que eu morri, na cidade. Já me "morreram" várias vezes.
Misericordioso abraço!

silvio de bonamça said...

e sosigenes pesando bem até que dá para morrer de mentirinha agora o perigo e morrer de verdade mais isto só vai acontecer contigo daqui a 50 anos um envelhecido forte abraço

Sosígenes Bittencourt said...

O homem tem que aprender a morrer, já que não pode se desvencilhar da morte. A grande falha é não pensar de forma positiva na morte, embevecidos com a vida. A morte não pode ser tão ruim como se imagina. Se Deus criou a vida e a morte, há um sentido na morte como há um sentido na vida.
Esperançoso abraço!

silvio de bonamça said...

e verdade temos que conviver com este personagem chamado morte invisível mais real um funerário abraço