Nada contra o sangue de nossos irmãos. Somos um país católico. Por Jesus, como somos. Mas, reaproveitar lençóis de lixo hospitalar norte-americano é muita seboseira. Primeiro, é preciso saber o que diabo veio fazer lençol ensanguentado dos Estados Unidos em Suape, indo parar em Santa Cruz do Capibaribe e Campina Grande. Qual o vampiro que trouxe, por que trouxe, o Drácula que obteve e como obteve para revender? A Receita Federal pegou 2 contêineres com 46 toneladas de nojeira hospitalar em Suape. Tinha até seringa usada, sabe-se lá em que nádega utilizada. Imagine se o material não fosse proibido de entrar nesta joça e não fedesse como fede. Na Paraíba, tem casal de namorados fazendo nenen sobre o lixo em motéis de luxo. Gente ligada à saúde diz que esses panos têm de ser esterilizados, não podem ser simplesmente ensaboados e estendidos no arame. Não é só sabão Jabacó e água sanitária pra tirar o grude. Funcionários camuflados, da Folha de São Paulo, compraram 4 kg de lençóis, a 10 mil réis o kg, em uma loja de tecidos e retalhos na pátria da máquina de costura. Os empregados da loja alegaram “problemas no sistema” para não expedir nota fiscal. Tudo conversa fiada. Depois, botaram o rabinho entre as pernas, bateram as portas e se picaram. Tão bonzinho que era o comércio de Santa Cruz do Capibaribe, agora “americanalhado” desse jeito. Parece mais a Transilvânia do sanguessuga do cinema. Um povo tão criativo e trabalhador. Vá ver que tem gente ambiciosa, metida nesse negócio de vender lixo pra luxar.
Sanitário abraço!
Sosígenes Bittencourt
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