É assassinando que se é assassinado. Iludido quem mata e espera receber carinho. Kadafi deve ter sido vítima da Lei do Talião: dente por dente, olho por olho.
Segundo reflexão do espírita e benfeitor Chico Xavier, poder-se-ia dizer que Kadafi não poderia fazer um novo começo, mas poderia fazer um novo fim. O ditador líbio não submeteu, platonicamente, a maldade d'alma à razão, a ilusão de poder à inteligência. Quando matou, pelo poder, foi covarde; quando enfrentou os descendentes do genocídio, foi imprudente.
Há quem diga que Kadafi era um democrata, amigo do povo e lutava para derrubar ditadores e ditaduras. A questão é que, de tanto lutar contra ditadores e se perpetuar no poder, virou ditador também. Aí, o povo aprendeu que não se deve tolerar ditadores, o remédio é matá-los. O feitiço virou por cima do feiticeiro.
Mas, Kadafi não foi morto às escondidas, torturado em masmorra, sem o direito de dar um pio. Pelo contrário, foi morto a céu aberto, no meio do povo, pelo povo, com direito a pedir clemência. Quer dizer, morreu de maneira digna, lutando, ouvindo as razões do ódio dos seus inimigos.
Irracional abraço!
Irracional abraço!
Sosígenes Bittencourt
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