Wednesday, January 23, 2008

Proibição inocente


A medida provisória assinada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, que proíbe venda de bebidas alcoólicas nas estradas, traria bons resultados se fosse acatada em um país onde se cumprissem normas e cuja punição servisse para todos. Mas, infelizmente, parece inocente diante dos fatos e casos que conhecemos. Ademais, para um alcoólatra se embriagar, não precisa haver bebida nas rodovias federais, com vendas, bares e mercadinhos abertos oferecendo cachaça. Se a punição aos que dirigem bêbado não tem funcionado, com o bafômetro fora de moda e o número de desastres automobilísticos registrado, parece inocente a medida de proibir venda de bebida nas estradas. É como o efeito da advertência “beba com moderação”, depois de uma propaganda de bebida no focinho de um alcoólatra contumaz e irrecuperável.
Sosígenes Bittencourt


7 comments:

ivone dias said...

Eles querem impor,porém sem cumprilas.

Unknown said...

Concordo com você. Como é que se pode impedir o indivíduo de beber, diante de tamanha propaganda! Fica difícil...
O resultado já se sabe qual é: vidas sendo "tragadas" precocimente. É lamentável!

Unknown said...

SE essa medida fosse realmente cumprida, evitária muitos acidentes vamos ver se vai vingar.

Sosígenes Bittencourt said...

Não se pode impedir que o animal racional beba, num país onde a bebida é liberada como droga lícita. O que se poderia minimizar, com fiscalização e punição para todas as classes sociais, era o número de acidentes provocados pelo alcoolismo no trânsito.

Unknown said...

O Presidente "Bebericando Lula da Silva" deveria antes de tomar tal medida, oferecer estradas transitáveis aos sóbrios motoristas brasileiros. Deveria pensar com moderação!!!

Sosígenes Bittencourt said...

Geralmente, postos de gasolina de BR oferecem lojinhas de coveniência e uma bebedinha pra variar. Se tiram a bebidinha por inconstitucional medida supostamente preventiva contra ebriedade nas estradas, o motorista alcoólatra poderá se prevenir indo até a cidade, que geralmente fica numa ladeira próxima e se abastecer de bebida. Que bobagem! Agora, como bem salientou Drayton, por que o governo não concentra seus discursos e esforços na recuperação das assassinas e esburacadas rodovias desses brasis?

Sosígenes Bittencourt said...

Onde se lê "coveniência", leia-se "conveniência".