O terror nosso de cada dia

Quem assiste a televisão sabe o que se presencia de terror, e o quanto resulta em frustração e medo. Costumo dizer aos entusiasmados com filmes de terror, com a graça da rima: Se você gosta de filme de terror, não se iluda, assista a Cardinot. Nunca me esqueço de dois casos que cataloguei na memória. Um deles foi de uma mulher que resolveu temperar o almoço do marido com veneno e ainda convidou a filha para o cortejo fúnebre do falecido até o quintal. O cachorro escavacou o chão, descolou o braço do cadáver com a mandíbula, e o levou para a casa de sua genitora, que residia bem próximo. O quadro desafia a criatividade de Alfred Hitchcock e as películas mais fantasmagóricas de Hollywood. Outro caso, recentemente, foi de um filho que, em liberdade condicional, estuprou a própria mãe. A vítima, torturada na alma, o chamou de monstro. Coitado do Conde Drácula, que chupava o sangue de suas vítimas e os empalava, escanchando-os em uma estaca pelo ânus. E já que falamos em cinema, nada melhor do que rever as loucuras que protagonizaram 5 adolescentes, entre eles uma mocinha grávida de 15 anos, no bairro da Tamarineira, que resultou no roubo de dois carros, assalto a uma farmácia e tiroteio com a polícia. Na filmagem, um automóvel pegou fogo e duas pessoas saíram baleadas, entre esquizofrênicos au-aus, rabos-de-arraia e gritos.
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