No país do auxílio-paletó, humorismo político parece manobra diversionária da dor. Há pouco, vimos o desejo de auxílio-funeral por 17 mil reais. Indagado pela televisão, um transeunte respondeu: - Se fosse para escolher quem deveria morrer agora, eu pagaria.
Ademais, em condomínios de luxo, já foi revelado que não consertam uma torneira puxando dinheiro do bolso, solicitam providências governamentais. Sabido e consabido é que o Ministério Público tem que impedir que dirigentes públicos usem o dinheiro do povo como se privado fosse. Não obstante, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal aprovou projeto do deputado (pasmem!) Paulo Maluf que propõe punição de procuradores e promotores de Justiça que entrarem com ação por improbidade administrativa e o juiz considerar que houve má-fé, perseguição política ou interesse de promoção pessoal. Cabe muito bem a reflexão de Maquiavel, face o caos em que se encontra a soberania nacional, ameaçada por criminosos d'aquém e d'além mar: "O mau exemplo dos governos termina sendo imitado pelos seus governados." É uma verdadeira esculhambação.
Fiquem com Deus!
Sosígenes Bittencourt
2 comments:
Grande texto para uma sexta-feira 13. O conteúdo é por demais assombroso e nós mortais devemos continuar temendo os vivíssimos, não os finados.
O Brasil tem duas questões de amor-próprio: ganhar Copa do Mundo e tomar conta da Amazônia. Se não o faz, outros males não me estranha.
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