Wednesday, September 23, 2009

Analfabetismo e violência

Eu nem sei por onde anda aquela minha ex-aluna que, quando eu perguntei numa prova: Qual o sujeito da seguinte oração? Fernando Henrique Cardoso é o presidente do Brasil; ela num instante me respondeu: Sujeito mentiroso.
Havia uma que, sempre que me via caminhando pelo corredor da escola, comentava: - Todo mundo adoece, menos esse professor. Todo dia tá aqui, velho, é um saco, com essa história de mandar a gente ler em voz alta e fazer ditado, ôxe!...
Sabe qual o resultado desse desinteresse pelo estudo, que assola o país? O IBGE divulgou que, de 2007 para 2008, o analfabetismo no Brasil praticamente não caiu. E a culpa vai, desde a educação famíliar ao sistema de ensino. Vale salientar que o analfabetismo, hoje, promove mais estrago do que antigamente. Porque o analfabeto tinha educação doméstica. Criança não fumava maconha, não portava arma de fogo nem namorava nu. É por isso que nossos índices de violência estão cada vez mais assustadores. Não sei se estou sendo retrógrado, mas quando a educação era mais rígida e criança obedecia na marra, o povo vivia mais sossegado.
Só para ilustrar, observemos o exemplo da Coréia do Sul. Nos anos 50, o país só tinha escombros e fumaça, arrasado por uma guerra civil que deixou um milhão de mortos e mais de 50% da população na miséria. Um em cada três coreanos era analfabeto. Hoje, oito em cada dez chegam à universidade. Isto porque investiram tudo que restou da velha Coréia em Educação.
Sosígenes Bittencourt

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