Saturday, December 26, 2009

As ideias de um filósofo mirim

Vinícius Bresser Grünwald, o Vico, tinha apenas 4 anos quando aprendeu que o Natal era muito mais do que um dia bom para ganhar presentes. Assim que soube do significado religioso da comemoração, filosofou sobre aquele que, até então, era o seu personagem preferido: o Papai Noel. “Ele parece Deus. Mas não é. Ele tem botas. Deus é descalço.
E Vico passou a colecionar tiradas dignas de registro. Certa vez, ao descobrir que seu ‘bingulim’ não tinha osso, começou a esticar e a puxar aquela delicada parte do corpo. Imediatamente, foi advertido pela mãe: “Vico, para com isso, vai acabar se machucando!
Em um lampejo freudiano, o pequeno filósofo, agora com 8 anos resumiu décadas de estudos psicanalíticos: “Mãe, você está falando isso porque você é menina e não pode fazer igual, você está com inveja do meu ‘bingulim’”, disse. Ponto para ele.
Mãe do garoto, a jornalista Deborah Bresser conta que após ouvir tantas ‘pérolas’ em casa resolveu reuni-las no livro ‘Vico, o Filhósofo‘, lançado semana passada.
Para o psiquiatra Içami Tiba, o livro pode ser um incentivo para os pais que ainda não prestam atenção naquilo que seus filhos dizem. “Ao ouvir as crianças, os pais podem descobrir talentos e tendências. Durante a infância, temos de ter o direito ao prazer da divagação. Ela é muito reveladora”, fala.

2 comments:

Maluco Consciente said...

Diálogo entre eu e minha filha (capricorniana) que vai completar três anos dia 12 de janeiro.

- Painho, "m" é vogal, é?
- Não, minha filha; "m" é consoante.
- Como?
- Consoante.
- Consonante?
- Não, consoante.
- Que nome!

Sosígenes Bittencourt said...

Diálogo com meu menino quando ele tinha por volta de menos de dez anos:
- Painho, eu penso que o senhor quando era pequeno, o mundo era preto e branco.
- Bem, meu filho, na verdade, quando o mundo começou a ficar colorido é que a coisa foi ficando preta.