Friday, December 04, 2009

Dinheiro em cueca pra panetone

A cúpula do DEM, em Mato Grosso do Sul, anda dizendo que o envolvimento do governador do Distrito Federal em esquema de corrupção é um caso isolado. Mentira. Nem de filmagem seria. O mundo está cansado de saber que políticos brasileiros usam cueca como cofre portátil sem a menor cerimônia. Faz 4 aninhos que José Adalberto Vieira da Silva desfilou com 200 mil reais e 100 mil dólares na cueca no aeroporto de Congonhas. Foi uma vergonha.
Os moradores da capital federal desencadearam uma campanha contra o panetone, em protesto às explicações do governador, José Roberto Arruda, porque "o mesmo" - para usar uma linguagem policial - disse que os 50 mil reais ensacados na fralda eram para comprar panetone. O presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, explicou que colocou o dinheiro na meia porque não tinha pasta. Pobre imprudente, só faltou dizer que não tinha dinheiro para comprar pasta.
Depois deste "cueguete", ninguém dirá que tudo neste país dá em pizza. Está fora de moda. Dir-se-á que dá em panetone.
Tudo isso é falta de educação, gente que não ouve conselho. Esses abilhudos são do tempo em que não se entrava em casa com um limão sem dar explicação. Suas genitoras que o digam. Hoje, não podem ver o que é dos outros.
Tadinhas das meninas que carregam maconha na vagina, escavacadas nas delegacias, tomando tabefe no focinho e dedada; das ratazanas de potes de margarina, dos meninos doidos que passam pedrinhas de crack nas esquinas e terminam presos, com a cabeça lascada, ou de mãos enclavinhadas sobre o peito, apodrecendo no cemitério da cidade.
Sosígenes Bittencourt

2 comments:

Maluco Consciente said...

Como bem salientou José Simão: "Arruda não queria comprar panetone, queria comprar a Bauduco".

Sosígenes Bittencourt said...

Que exemplo estaremos dando às crianças? Que explicação daremos, se não há punição para tamanha malandragem.