Nem o conde Drácula, o demônio romeno que chupava sangue para sobreviver, acusado de sacrificar 30 mil almas, bulia com criança. Nem os diabólicos rituais vodu, onde se espeta agulha em boneco, bole com criança. Mas, em Ibotirama, na Bahia, padrasto engole corda de catimbozeira e enfia agulhas no corpo do enteado, apaixonado por uma vizinha. A idéia das sessões abracadabrantes era se vingar da mãe do menino e um pedido para os amantes ficarem juntos. As aplicações eram praticadas em rituais ditos religiosos. Confusão generalizada, manipulação do Capeta, artimanhas do Fute. Nem a mãe da criança constituía obstáculo à amigação daqueles fantoches de Satanás, nem religião alguma abençoa assassinos. A polícia prendeu o trio sanguinário, com o cuidado de evitar que a população esquartejasse o ‘costureiro do diabo’. As mulheres alinhavaram defesa, mas o assassino sustenta que foi influenciado por uma e ajudado por ambas. É o fim do mundo. Crianças herodianamente sacrificadas em nome de safadezas carnais de infanticidas covardes e desalmados. Títeres movimentados pelos carretéis do Cão. Agora, não tem costura que ajeite seus destinos. Nem amigação, nem macumba, nem liberdade. Além do perigo de serem ‘empalados’, como fazia o vampiro da Transilvânia com suas vítimas, enfiando-lhes estacas no ânus. Ou, à moda brasileira, morrerem no toro de pau, como quadrúpedes em matadouro medieval.
Sosígenes Bittencourt
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