Esta senhora chega está reluzente de alegria. Diz que é dona Inácia, recicladora, 44 primaveras, ex-moradora do Areal, que veio na cheia do Tapacurá. Pois, é. Ganhou uma casinha nova, em lugar seguro, em Vitória de Santo Antão. Foi contemplada, rapidamente, sem buRRocracia, entre os 13 primeiros felizardos, na cidade da heroína Mariana Amália, da refrega das Tabocas e do ficcionsta Osman Lins. Foi do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, que vai construir mil e duzentas. Olha, que beleza! Não tem alma solidária que não se compadeça desses andarilhos sociais. Haja vista o horror de agasalhos arrecadados, de faltar flagelado pra tanta doação. Tomara que não vendam os imóveis e retornem pra beira do rio. Tomara que conservem as casinhas, erguidas para o sossego geral. Não as transformem em pardieiros. O Tapacurá já foi um rio. Deu até peixe. Hoje, nem caramujo, dá. É bom proibir moradia às suas margens, replantar a flora nativa, tirar o lixo e enxaguar.
Sossegado abraço!
Sosígenes Bittencourt
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