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Os espetáculos de Música Clássica de André Rieu dispensam comentários. Aproveitei para dizer a um adolescente que as sopranos e os tenores não estavam gritando, estavam (en)cantando. E que ele se acostumasse a observar o mundo civilizado, para comparar com o mundo "vicilizado" em que vive.
Quanto a Roberto Carlos, o sonoplasta de minha geração, descobrimos que, mesmo adoentado, sem condições de permanecer de pé e sem tanta emoção, ainda é tremendamente emocionante. Gente do meu tempo chorou de verdade, relembrando o passado, assistindo aos filmes da memória. Suas músicas podem ser usadas no tratamento de quem sofre de amnésia. Destaque para o número de jovens que foram ao evento. Nunca digam que jovem não gosta de música que não morre, de música romântica. É questão basicamente de educação doméstica e auditiva.
(Vou almoçar e retorno para falar sobre Carlos Heitor Cony)
Apetitoso abraço!
Obrigado!
Na reprise do Conexão Internacional, apareceu o jornalista e escritor carioca Carlos Heitor Cony, sendo entrevistado por Roberto D'Ávila. Engraçado, disse simpatizar os cínicos, desde Sócrates a Machado de Assis e Jean-Paul Sartre. Disse que há uma diferença entre o escritor e o cronista. O escritor vive no fundo do mar e o cronista no aquário. O escritor tem de traçar seu caminho para ser notado, o cronista vive na vitrine. Acabou citando uma frase de Rabelais: "Não tenho nada, devo muito, o resto dou pros pobres." Ainda vi, neste programa, o físico Marcelo Gleiser dizer que "A terra pode ficar perfeitamente feliz sem a gente, mas a gente não vive sem a terra."
Telespectador abraço!
Sosígenes Bittencourt
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