O EJA é uma modalidade de ensino diferenciada no momento em que lida com alunos fora da faixa etária para a conclusão da educação básica. O projeto foi consolidado sob forte influência do educador Paulo Freire, tendo sido regulamentado pela LDB, de 1996, aborvendo repasse de verbas do FUNDEB.A grande dificuldade de atingir metas, objetivando reinserir socialmente esse contigente de alunos de várias idades, é exatamente a heterogeneidade, caracterizada pelas mais diversas razões pelas quais os contemplados foram obrigados a não concluir sua educação básica. Desde a necessidade de trabalhar para sobreviver à dificuldade de acesso a ensino de qualidade.
A visão inicial da escola é experiência que marca o ser humano. Se, no primeiro contato com a educação, o aluno forma um conceito de impossibilidade, de insuperável dificuldade sobre si mesmo, poderá adquirir um real obstáculo ao aprendizado. Quem não conhece a denúncia: Eu não tenho cabeça para estudar.
Depois, pessoas que passam o dia trabalhando, sentem-se, à noite, desgastadas pelo cansaço, encontrando enorme dificuldade de concentração, o que compromete evidentemente o entendimento.
Oriundos de famílias dissociadas do estudo, da leitura, da reflexão, habituados a um cotidiano limitado por tarefas repetitivas e sem criatividade, detêm uma mente extremamente bitolada para novos conceitos, uma nova visão da realidade.
Formar gestores, qualificar melhor os professores, talvez fossem alternativas para melhorar a eficiência do projeto.
Este é um pequeno resumo das dificuldades que acompanham o dia a dia da execução do projeto de Educação de Jovens e Adultos.
Sosígenes Bittencourt
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