Monday, December 20, 2010

Fala, Vitória

QUEBRA-PAU NO ROBERTA MIRANDA

A princípio, parecia um linchamento, todo mundo querendo matar um só. Foi já de manhãzinha, quando terminou o show no espaço de eventos Roberta Miranda. Havíamos saído da Churrascaria A Gamela de Ouro, onde passamos a noite dançando ao som de um conjunto de Gravatá - se não me engano o Expresso Jovem Guarda - que tocava músicas, predominantemente, das décadas de 60 e 70. O ambiente tinha jovens e adultos, e estava saudabilíssimo.
Terminado o show, resolvemos dar um pulinho lá no Roberta Miranda, para dar uma olhadinha. Assim que chegamos na beira da pista, travou-se uma verdadeira batalha campal. Eclodiram vários quebra-paus ao mesmo instante. Ninguém sabia para onde correr, a fim de se livrar de uma bala doida ou levar um tabefe no focinho. Uma esculhambação que eu nunca vi nem nos cabarés, quando era jovem. As mulheres corriam e gritavam com a mão na cabeça, aperreadíssimas com os seus marginais de estimação. Se a Polícia chega naquele momento, não havia camburão que coubesse tanta gente. Teria de ser uma carreta, para carregar tanto arranca-toco sanguinário. Oxalá, no momento em que escrevo estas linhas, não estejam mandando alguém para a terra de pés juntos, em decorrência daquele quiproquó.
Esculhambado abraço!
Sosígenes Bittencourt

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