Mãe
é uma invenção de Deus. Até quem não acredita num Ser Superior, fica
desconfiado. Pode-se até analisar o caráter de um ser humano, pela maneira como
trata sua mãe.
Apesar
de minha genitora ser evangélica desde que veio ao mundo, fui convidado por
dois católicos, no Dia das Mães, para assistir a uma missa em latim, ali no
Recife. Igreja antiga, cheirando ao tempo, padre entoando latim, discurso sobre
a intermediação da palavra no encontro do homem com
Deus. Muito bonito. Uma hora inesquecível, um evento memorável. Principalmente,
para mim, uma ovelha desacostumada a visitar a Domus Dei e ajoelhar-se para
agradecer. Geralmente, nesses êxtases, o homem chora.
A
viagem foi um Café Filosófico. Danei-me a falar, citando a mitologia grega,
contando histórias de divindades pagãs, entusiasmado com a sabedoria dos
pensadores clássicos. Discorri até sobre o Destino, o Acaso e a Ação do Homem.
Talvez, um antropocentrismo meio descabido para o momento, mas um exercício
mental louvabilíssimo num universo de tanta asneira e falta de reflexão em que
vivemos.
Depois,
demos um saltinho lá no Bairro da Torre para visitar um padre, mas não o
encontramos. Conhecemos, no entanto, um cidadão que mora pertinho da Igreja,
que atende pelo nome de Luiz Anselmo. Aos 65 anos, dizendo-se filho de uma
senhora com 100 de idade, anda mais ligeiro do que um menino treloso. Bom de
conversa e vaidoso pela longevidade de seus familiares, nos apresentou uma
frutinha cítrica, de uns 5 a 8 centrímetros, creditando à mesma benefícios
fitoterápicos. Diz que é biribiri. Curioso e enxerido, botei pra falar o que
pensava. Quando soube que o mimo da natureza tirava ferrugem de roupa, fui logo
dizendo que era antioxidante, continha vitamina C e combatia os Radicais
Livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce e doenças degenerativas. Tem
jeito?
Dominus
Vobiscum!
Bendito
abraço!
Sosígenes
Bittencourt
No comments:
Post a Comment