Chile 2
x Brasil 0
O Brasil
segue a sua ‘via crucis’ de derrotas. De repente, um país considerado bom DE
bola consegue provar que não é bom DA bola. Ou seja, não tem juízo. Depois de
perder Neymar e ser eliminado pelo Paraguai, vai a Santiago enfrentar o
aguerrido e entrosado escrete chileno, imaginando que ganharia com o
virtuosismo individual de nossos jogadores. É claro que revelam seus
virtuosismos quando treinados em equipes organizadas, cientificamente calculadas
no mundo europeu. Porém, uma vez convocados, às vésperas de uma contenda tática,
não podem se converter em um time de futebol, revelando-se um bando de
jogadores.
Também conveniente
lembrar que os deuses são eternos no Olimpo. Para os gregos, os mitos ainda
vivem, mas os deuses do futebol têm prazo de validade, não são eternos; suas
habilidades veem-se submetidas aos limites do corpo sob o desgaste operado pelo
tempo.
Dunga,
o mais jovem anão de Branca de Neve, continua com a mesma idade, mas o nosso
treinador já está bancando o tolo, ameninado como o do conto, mas real.
E tudo
que o Chile mais queria era não tomar gol no primeiro tempo, pois sabia que
equipe desentrosada cansa, e o Brasil cansou. Aí, nossa manada foi encurralada,
domada ao som de OLÉ e ferida duas vezes aos pés da imponente Cordilheira dos Andes.
Enquanto eu, aqui tristonho, vivo a rogar: Oh! querido escrete brasileiro, não
andes mais assim pela Cordilheira!
Desentrosado
abraço!
Sosígenes
Bittencourt
1 comment:
Se o brasileiro adorasse Ciência, como adora Futebol, talvez não fosse tão bom DE BOLA, mas seria melhor DA BOLA. Ou seja, teria mais juízo. A bola só é impelida pelos pés por causa da cabeça. Os pés chutam a bola sob o comando da cabeça, é de lá que sai a ordem e o cálculo. Portanto, como seremos bom de bola, se perdermos a cabeça?
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