O país deveria estar pulando de alegria com a arrecadação de impostos no primeiro semestre deste ano. Mesmo sem a CPMF e com uma sonegação já comprovada de 8 bilhões de reais, o brasileiro pagou 1,820 bilhão de impostos por dia, perfazendo um total de 333 bilhões arrecadados. No entanto, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Márcio Pochmann, revelou que os recursos destinados aos serviços públicos representam um terço do que o Estado arrecada. A maior parte serve para pagar juros e amortizar dívida. Pochmann disse que a riqueza permanece mal distribuída no Brasil. A tributação indireta, que incide sobre o consumo, afeta principalmente os mais pobres, enquanto a tributação direta, que incide sobre a renda e o patrimônio, e afeta os mais ricos, ainda representa uma fatia reduzida do bolo tributário. Pelos cálculos do presidente do IPEA, os pobres pagam 44% mais impostos do que os mais ricos. E defendeu a cobrança de imposto sobre grandes fortunas como forma de reduzir as desigualdades sociais no Brasil.
Sosígenes Bittencourt
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