O papa-figo de Alagoinha

Difícil acreditar que a mãe da menina de 9 anos que engravidou em Alagoinha, vindo sendo abusada sexualmente pelo padrasto desde os 6 anos, nunca sequer tenha desconfiado da violência. Foi preciso que a menina aparecesse grávida para que a displicente se ligasse. Vivia com o tarado, há 3 anos, e o achava carinhoso com as filhas. Realmente, o mesmo confessou que também comia sua outra menina de 14 anos. O relaxamento é tão grande que chega às raias da cumplicidade. As vítimas confessaram, como sempre, que temiam abrir a boca, com medo das ameaças de morte do garanhão. O médico detectou gravidez gemelar na menor, possivelmente perpetrada na primeira ovulação, ou seja, antes da menarca que é a primeira menstruação. O Jornal do Commercio de ontem, sexta-feira, diz na página 2 que o pedófilo foi preso e recambiado para o presídio de Pesqueira. Já no caderno Cidades afirma que o mesmo está foragido. Finalmente, onde está o papa-figo de Alagoinha?

Sosígenes Bittencourt

Conhecimentos Gerais

Qual o feminino de folião?

a) foliã

b) foliona

c) folieira

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Fragmentos

Nem tudo para o dominicano Antonio Rosa são flores. Aos 23 anos, inventou de misturar álcool com estimulantes sexuais e foi parar na mão do médico. O dominicano queria ter ereção de domingo a domingo. Contudo, depois de 6 dias com o pênis em riste, mesmo após afogá-lo numa relação sexual, Rosa teve que correr para o hospital. Apesar de medicado, o paciente não reagiu, saindo do atendimento com o pênis prestando continência e ameaçado de cirurgia. O maior dano é a possibilidade de vir a ficar impotente, ou seja, ereção… nunca mais.

Sosígenes Bittencourt

Fragmentos

Em Porto de Pedras, Alagoas, o juiz eleitoral proibiu Carnaval no meio da rua. Dr. Gustavo Souza Lima alegou que os ânimos da população estavam esquentados e não havia clima. É que a eleição, marcada para o dia 15 de março, provocou ingresia na cidade. A de 2008 foi anulada, porque o prefeito eleito Rogério Farias – irmão de PC Farias – está encrencado com a Justiça. Ele e o juiz Rivoldo Sarmento foram presos pela Polícia Federal, acusados de fazerem trampolinagem na eleição. O promotor Flávio Gomes mandou as famílias formarem o seu bloco em casa. E tem graça?
Sosígenes Bittencourt

Fala, Vitória

Botando pra se lembrar

Todo Carnaval, boto pra me lembrar de gente que desapareceu daqui, por morte, ou sumiço, e era a cara da cidade. Por exemplo, quem pode ver a saída do Bloco ETsão, sem se lembrar de Dezinho Sapateiro? E quando me lembro de Dezinho, vem logo a figura de Zé Oião, casado com Socorro, o maior jogador de Sinuca da cidade, que morreu dançando no Clube Abanadores O Leão. Lembro-me de Mizura, fantasiado de bebê, de calua, de marinheiro; Geraldo Lima, corado e vociferante na calçada da PITÚ Lanches; Tonho Tripa, carregando uma récua de bêbados numa fubica; Manoelzinho de Horácio, caneiro velho. O médico que lhe tirou o baço e deu-lhe um ano de vida faleceu, e Mané viveu para lá dos setent’anos. Quem não se lembra do afrescalhadíssimo Brigitte? Uma vez, por excesso de galinhagem, tomou uma surra do irmão que ficou com um defeito no focinho. Lucinha Freire, Ladjane Duarte, Dinha e Bete Ferraz - eu era louco por essas meninas - Rubenite, Doraci Barbosa, toda mimosa na calçada do Banco; Maria Betânia, saudabilíssima, parecia uma propaganda de tonificante; Graça Arruda, de pernas adjetivas e cabelão; principalmente Buga, de Luiz Cassanique, baixinha e gordinha, parecia uma almofada, a minissaia inaugural do Colégio Municipal. Êita mundo velho sem porteira! E quem se lembrar de mais gente, pode telefonar, que eu aqui vou atrás do bloco de quem ficou, porque a festa não tem hora para terminar.

Forte abraço!

Sosígenes Bittencourt

Origem da palavra FREVO

A palavra vem de “ferver”. Por corruptela “frever”, dando, naturalmente, “frevo”, palavra já consagrada no “Dicionário dos Brasileirismos”, de Rodolfo Garcia. Fernando Wanderley observa que nada é mais comum numa terra canavieira do que a “frevura” – fervura dos tachos de mel, nos engenhos de açúcar, fervura lenta, bem quente, etc. A primeira referência na imprensa à palavra “frevo” está registrada no dia 12 de fevereiro de 1908, no “Jornal Pequeno”, órgão que marcou época na história da imprensa de Pernambuco. Já em 1909, o dito do ano era “Olha o frevo!”, conforme se lê no mesmo jornal de 22 de fevereiro. A palavra caiu no gosto da população e daí passou aos livros mais responsáveis. Designa, ao mesmo tempo, a música típica do carnaval recifense e os esfregados da massa em plena folia.

Obs: Corruptela - modo errado de escrever ou pronunciar uma palavra ou locução.

Beijaço em Iguatemy

Baixaria foi na Bahia. Foi só um casal de gays se atracar aos beijos, no corredor do Shopping Iguatemy, e o segurança empombar o namoro, aí pronto! Acudiram 80 integrantes do GGB (Grupo Gay da Bahia), munidos de apito, bandeirolas e cartazes, para promover o maior salseiro. O teatrólogo Nelson Rodrigues publicou “Toda nudez será castigada”, porém a bandeira de luta das manifestantes é “Nenhum beijo será castigado”.
O presidente de honra do GGB, Luiz Mott, já vai dar palestra sobre diversidade sexual aos seguranças homofóbicos, e as beijoqueiras, que já registraram BO (Boletim de Ocorrência), vão recorrer ao Ministério Público.
A rebelião dos gays transformou-se num despranaviado “beijaço”, uma verdadeira “troca de bactérias em campo úmido”, como diria o escritor italiano Pitigrilli. Tem jeito?
Sosígenes Bittencourt

Sport 2 x Colo Colo 1

O Sport Club do Recife está uma resenha. Essa façanha de bater no Colo Colo, no Chile, foi uma presepada da gota. Foi de fazer o ditador Salvador Allende estremecer na tumba.

Torço pelo Sport desde quando minha avó paterna tomava banho e botava perfume para ouvir o jogo pelo Rádio. Por isso, costumo dizer que sou um Leonino embrionário.

O meu menino, de 11 anos, certa vez me perguntou:

- Painho, por que é que eu tenho que torcer pelo Sport?

Ao que respondi:

- Deixe de perguntar besteira, meu filho, torça, simplesmente, para não ter contrariedade.

Aquele abraço!

Sosígenes Bittencourt

Fala, Vitória

Ensinando Inglês

Nunca me esqueço de umas aulas de Inglês que tive de ministrar no Colégio Antônio Dias Cardoso, para salvar umas turmas que estavam sem professor da matéria. Passei o ano todinho sem conseguir sair do verbo TO BE - WAS - BEEN (Ser - Estar). A turma dava a moléstia e não me deixava passar para o verbo TO HAVE - HAD - HAD (Ter - Haver).

No final do ano, dei de cara com uma aluna que havia ficado em Recuperação, a me perguntar, lá na calçada da venda de Alexandre:

- Professor, vai cair aquele verbo?

- E houve outro verbo, minha filha?

- Então vai cair somente aquele? Ôbaaaaaaaaaaa!

- Minha filha, pronuncie o verbo que eu vou logo lhe dando 5 pontos.

Aí, ela coçou a cabeça, ajeitou os bobes, e detonou:

- TO BÉ - VÁS - BEM !

Ao que respondi: - TO BÉ - VÁS - MUITO MAL!

Grande Abraço! Sosígenes Bittencourt

Nívea Stelmann

Esta é a insuportavelmente xamegável, rebolável e bolinável Nívea Stelmann, 34 aninhos, balzaquiana que irá desfilar como Madrinha de Bateria da Escola de Samba de Jacarepaguá. Ela representará a aviação no enredo, este Boeing de mulher.

Forte abraço!

Sosígenes Bittencourt

Fragmentos

Não brinque com arma, no presídio não tem Carnaval.

Sosígenes Bittencourt

Fala, Vitória

Safena Administrativa

Eu nem os odeio nem morro de amores por José Aglailson e Elias Lira, não sou babaca. Contudo, torço por dias melhores para a cidade onde moro. A cidade é, em parte, nossa casa. Apenas de maiores proporções.

Faz 20 anos que eu falo e publico artigos denunciando a necessidade de uma safena administrativa no coração infartado da cidade. Refiro-me à obstrução das calçadas e ao comércio entulhado na Praça da Bandeira, com ramificações pela Vidal de Negreiros e Feira das Panelas. Tem cara negociando de macaquinho no outro, barraca de alvenaria com pinta de residência, labirintos, seboseira, e à noite o desfile dos guabirus, passeando de mãos dadas numa boemia roedora e contaminante. O que vejo na atual administração, a princípio, é a intenção de por ordem no caos, enxotando os vendedores das calçadas, botando moral no exército de mototaxistas que se enfileiram no centro da cidade e impedindo que a feira da Duque de Caxias escale a Praça.

Na minha concepção, CALÇADA é para CALÇADO. E invocando Castro Alves: A praça é do povo, como o céu é do condor.

Forte abraço!

Sosígenes Bittencourt

Fragmentos

Daqui a nove meses, nascerão os filhos de confete e serpentina.

Sosígenes Bittencourt

A CARne de NAda VALe

Historicamente, o Tríduo Momesmo ou Entrudo anda relacionado às orgias de Baco ou Dionísio, podendo ser chamado de Lupercais – festim em honra de Pã – Saturnais ou Bacanais. No Egito, na Grécia ou em Roma, homenageavam o Rei Ísis e o Boi Ápis. Em virtude da cachorrada, que era muito grande, com o advento do Cristianismo as bacanais foram proibidas.
Na Idade Média, ninguém agüentava mais o jejum, a Alta Nobreza de Veneza e Roma abriu a celebração.
Foi numa dessas brincadeiras que o Monarca Carlos VI morreu assassinado, fantasiado de urso.
O Entrudo é um folguedo muito antigo, comemorado com banho d’água, farinha e tinta, embora já se tenha sacudido até esterco de quadrúpede.
Momo é a figura que personifica o Carnaval. É o bufão que, nos paços reais, divertia os seus amos com suas pantomimas.
Sosígenes Bittencourt

Bicentenáro do nascimento de Darwin

No ano do bicentenário de Charles Darwin,

que tal imaginá-lo à imagem e semelhança de um macaco?

Infelicidade na Suíça - II

O que nos tem indignado neste episódio dantesco que aconteceu na Suíça é a investigação partir do pressuposto de que a vítima tenha se autoflagelado. Talvez, pelo relativamente baixo índice de homícídio em relação ao de suicídio no país. Esse partido criminoso deveria ser banido da Europa, tendo o mesmo fim que tiveram os insanos seguidores da filosofia Nazi. A Suíça não precisa absolutamente desse procedimento, face o patamar de vida em que vive repoltreada. É uma nação resolvida, construída numa das mais tranquilas regiões do planeta. O problema da Suíça é a falta de problema, é o tédio com a despreocupação. Na Suíça, nem os cães latem como os daqui, carros não roncam, não se dá uma descarga sanitária à noite, para não incomodar os vizinhos. A única questão é o que fazer com o dinheiro.

É difícil acreditar que a advogada torturada tenha produzido letras tão milimetricamente lavradas no próprio corpo. Aquilo é obra de quem estava à sua frente. Essa insinuação de autoflagelação está me parecendo xenofobia, o que seria um pesadelo, partindo da própria polícia.

Sosígenes Bittencourt

Fragmentos - Retrospectiva

Há 21 anos
Atenção, atenção! pais de alunos, há alunos matriculados no bar da esquina.

Toda reclamação feita à falta d’água dá em água, ou seja, em nada.

Depois da ressaca, o vale de nada vale.

É proibido cheirar lança-perfume neste Carnaval, só não é proibido desobedecer.

O eleitor: - Água, meus netinhos!

Os políticos: - Azeite, senhora velha!.

(Fevereiro - 1988)

Há 20 anos

A falta da merenda escolar deixa a alma da pobreza sem recreio.

Se o táxi aumenta o preço da corrida, alugue-o até a SUNAB.

Há quem brinque Carnaval para se distrair e há quem brinque Carnaval para de destruir. É uma questão, gramaticalmente, de classe.

Os hospitais estão criando uma nova especialidade, para pior atender suas vítimas: a Documentologia, exame de documentos.

Nos olhos dos bichos do zoológico de Dois Irmãos, a tristeza pelo assassinato de Chico Mendes.

(Fevereiro - 1989)

Sosígenes Bittencourt

Infelicidade na Suíça

Foi incrível a falta de sorte da advogada recifense Paula Oliveira, 26 anos, torturada na Suíça. Drª Paula estava num país de índice de criminalidade baixíssimo, excepcional qualidade de vida, onde se pode deixar a carteira na calçada e dormir no banco da praça. Infelizmente, ela foi cair exatamente nas garras de neonazistas que ainda cultuam a aversão racialista a estrangeiros, sonhando com o cadáver de um dos maiores criminosos do mundo, o esquizofrênico e impiedoso Adolf Hitler. Grávida, há 3 meses, de filhas gêmeas, a brasileira estava ao celular, se comunicando com a mãe, quando foi arrastada pelos miseráveis. Apresentando marcas de socos e pontapés, tinha perfurações de estilete e a sigla SVP, do partido xenófobo, no corpo. Embora tenha sobrevivido, perdeu as crianças. Uma infelicidade.

Sosígenes Bittencourt

A palavra é Xenofobia

Xenofobia é o medo (fobia, aversão) que o ser humano normalmente tem ao que é diferente (para este indivíduo).
Xenofobia é também um distúrbio psiquiátrico ao medo excessivo e descontrolado ao desconhecido ou diferente.
Xenofobia é ainda usado em um sentido amplo (amplamente usado mas muito debatido) referindo-se a qualquer forma de preconceito, racial, grupal (de grupos minoritários) ou cultural. Apesar de amplamente aceito, este significado gera confusões, associando xenofobia a preconceitos, levando a crer que qualquer preconceito é uma fobia.

Fala, Vitória

Na sala de aula

Viagem foi na sala de aula. Eu ensinava no Colégio Municipal 3 de Agosto e costumava, antes de começar a aula, sortear um aluno para responder a uma pergunta.

- Edileusa, conjugue o verbo AMAR no Presente do Indicativo.

- Mas, professor, logo eu! Minha mãe está em cima de uma cama, e eu levei um baque que estou com a perna que não posso nem andar! Chame outra pessoa.

- Deixe de conversa, Edileusa, conjugue o verbo AMAR no Presente do Indicativo.

- Tá certo, fêssor. Eu amo... eu amo... eu amo... êita, meu Deus, e agora? Calma, fêssor. Eu amo... eu amo... eu amo...

(Parecia uma chave na ignição sem explodir o motor)

- Sente-se, Edileusa, você sempre amou, nunca foi amada!

Forte abraço!

Sosígenes Bittencourt

Resenha Esportiva

Brasil 2 x 0 Itália

Vocês viram o rebolado da Seleção Brasileira na frente da Itália, ou eu estou enganado? Ronaldinho Gaúcho ri até quando toma pontapé no traseiro e cai estatelado no chão. Robinho parece um mamulengo. Ninguém sabe o que danado ele vai fazer com a bola. Sinceramente, penso que, se a Seleção Brasileira treinasse mais e se amostrasse menos, não nos divertiria tanto, porém nos daria menos contrariedade e mais vitórias.

Sosígenes Bittencourt

Apoio Cultural

*Farmácia Santo Antão *Faintvisa *Antônio de Lemos

*Armarinho Teixeira *Vitória Link *Ronaldo Seguros

*Colégio Vitória *Grupo Veneza
*Casa Funerária Oliveira
*Cooperativa Vitória *Pizzaria Chaplin

*Programa da Aninha/Tabocas FM *Marçal Seguros

*Espaço Básico *Supermercado Vitória

*Vereador André de Bau *Autoescola Nova Dinâmica

*Restaurante Shell Baiana
* Rádio Metropolitana -107,1

Vitória de Santo Antão – PE

(081) 8656-0797

Repartição Pública

- Eu trouxe os documentos de minha mãe, que vocês me pediram.
- Olhe, isso é com dona Lúcia. Espere um pouquinho, que ela está em reunião.
Chega dona Lúcia.
- É a senhora que é dona Lúcia?
- Sou. Em que posso servi-la?
- Esses são os documentos de minha mãe.
- Isso não é comigo não, minha filha, é no 4° andar, com seu Jorge.
No 4° andar.
- Seu Jorge, esses são os documentos de minha mãe, o senhor dá uma olhada?
- Pois não. (olha, olha, olha…) Você já falou com Mariinha?
- Não conheço Mariinha, falei com dona Lúcia.
- Espere um momentinho. Mariinha tá aí?! Êi, Roberto, Mariinha tá aí?!
- Tá nãããããããããããããããõ!
Voltando-se para a suplicante.
- A senhora espere um pouquinho, que ela tá já chegando.
Depois de 30 minutos.
- Olhe, a senhora vá até o 6º andar e fale com Alexandre. É ele quem cuida disso.
- Tá bem.
Dentro do elevador.

- O senhor me leve até o 6° andar, que eu quero falar com seu Alexandre.
- Olhe, seu Alexandre não trabalha mais aqui, não, ele está na rua Fulano de Tal, nº tal, depois da lanchonete tal, pegando a esquerda.
A suplicante desce e se encontra com uma vizinha.
- E aí, resolvestes o problema de tua mãe?
- Ainda não, Quitéria, eu entrei no prédio errado.

(O resto da história? Eu já fiz quase a metade...)

Sosígenes Bittencourt

Não ria se puder

Certo dia, estava na Praça Leão Coroado, por volta das 6 horas da tarde, numa roda de cervejeiros a bebericar, quando me apareceu um ex-aluno potencialmente embriagado.

Ele: - Professor, o senhor fala difícil, é metido a sabido, mas os tapurus irão comer todos nós.

Eu: - Menos a verdade. Os tapurus poderão comer você. A mim, comerão os "miodários cuterebrídeos calipterados".

Sosígenes Bittencourt

Estudando Português

VALE-COMPRAS ou VALES-COMPRA

Quando vamos operar com um vocábulo composto, essa "desmontagem" mental pode variar de um falante para o outro, criando-se assim diferentes conseqüências flexionais. Se eu decompuser vale-refeição como [vale uma refeição], terei enxergado aqui uma estrutura [verbo + substantivo] (análoga a "tira-gosto", "quebra-pedra", "porta-estandarte"), que só poderá ser flexionada no substantivo: vale-refeições.

Se, no entanto, eu interpretá-lo como [vale destinado a refeição], terá a estrutura [substantivo + especificador] (análogo a "operário-padrão", "hora-aula"), que só deve ser flexionada no primeiro elemento: vales-refeição.
Sempre que encontrares dúvida ou hesitação na flexão de um composto, podes ter certeza de que isso foi motivado pela possibilidade, naquele determinado caso, de uma dupla interpretação sintática de seus elementos constituintes.

Abraço. Prof. Moreno

Idéia da Celpe

A Celpe não é a Compesa, mas está tirando onda. Ultimamente, a empresa anda doida pra meter a mão no bolso do usuário, sem necessidade. Será que o aumento do salário mínimo brasileiro está dando prejuízo aos espanhóis? A paciência da população que funcione como fita isolante, para evitar tamanho choque. Talvez, a Companhia queira, a pulso, um reajuste de 8% na conta da energia, porque só lucrou 466 milhões de reais em 2008. Coitadinha...

Sosígenes Bittencourt

Elba e Cezinha em Samir

Samir Abou Hana não tem o que fazer, leva o cardiologista Edgar Pessoa de Melo e o casal Cezinha e Elba para o seu programa na TV. Pense numa junção para remexer o coração. Elba Ramalho, com aquela voz de passarinho, e Cezinha se amostrando na sanfona. Não sei como Dr. Edgar agüentou. Sabidíssimo, o viajado cardiologista nos fuxicou que, em Harvard, anda adiantada a pesquisa em torno de uma vacina que fará o organismo debelar o LDL, aquele colesterol ruim que entope o coração.
Só sei que, entre uma explicação e outra, Elba sacodia os cabelos, abria a boca e se danava a cantarolar, revirando os olhos e gemendo, como um instrumento ovacionando os sentimentos. Sei não, mas também nunca vi um cara para escavacar mais o coração do que esse tal de Cezinha, dedilhando a sanfona. Nas mãos deste perito, ela dá pinotes no pentagrama, assobia e lamenta. Dr. Edgar Pessoa de Melo deve ter imaginado o que aquele casal não provoca nas artérias obstruídas de um animal estressado. Em mim, valeu pelo cochilo da tarde, me animando a tomar um banho e sair pra rua e puxar conversa.
Forte abraço!

Sosígenes Bittencourt

Sapatada II

No meu tempo, quem levava sapatada no pau da venta era homem enxerido quando se estirava pra mulher de sangue no olho.
Em autoridade, preferencialmente atirava-se-lhe ovo podre.
Hoje, atira-se sapato em celebridade, como se fosse num vira-lata.
Um dia desses foi George Bush que viu sapatos voando na direção das fuças.
Agora foi a vez do primeiro-ministrto chinês, Wen Jiabao, levar sapatada em Londres, quando conversava besteira na Univerdidade de Cambridge sobre Economia Global.
Se tem pegado na fisionomia do premier, quebrava-lhe os óculos e assanhava-lhe o topete. O artefato era um tênis caprichado.

Sosígenes Bittencourt

Mariana Bridi Costa

Esta era a modelo Mariana Bridi Costa, 20 anos, nascida em Marechal Floriano (Espírito Santo), considerada o 4º rosto mais belo do mundo, que faleceu de choque séptico, em decorrência de uma infecção urinária em janeiro deste ano. O seu pai, Agnaldo Costa, disse no velório que "o que aconteceu foi uma decisão de Deus".

A poesia é essencial

PORQUE É CARNAVAL

Dilson Lira

Vê por aí,
os tolos passando, as mãos agitando,
a rir-se de quê?

São meros palhaços,
à vida iludindo,
de tudo fugindo,
nem sabem por quê?

Vê por aí,
em doidas espirais,
mulheres e homens se esbarram a pular,
à febre do passo,
e cada vez mais...

Vê por aí,
o dinheiro, a caudal,
se a fome, a nudez,
a doença chegar,
é gasto à vontade,
porque é Carnaval.

(Dilson Lira é poeta vitoriense)

Fala, Vitória

Zum Zum Zum sobre bairro onde se mora no Orkut

Moro no Cajá há mais de 20 anos. Quando vim para cá, a fábrica de biscoitos e massas CATIVA operava de madrugada a madrugada. O cheiro de morango e chocolate era tão intenso que, de manhãzinha, bastava tomar um copo d'água e sair para trabalhar. Hoje, é um quarteirão fantasma, as lagartixas se despencam dos escombros e a população que reside em volta teme receber um três-oitão no focinho. Quando tem "forrogode" (mistura de forró com pagode) no Clube dos Motoristas, a meninada pita "cannabis sativa", urina pelas paredes, troca beijos de desentupir pia e esfrega as virilhas no meio da rua, como imitassem o ato da procriação. É uma verdadeira esculhambação!

Forte abraço!

Sosígenes Bittencourt