- Eu trouxe os documentos de minha mãe, que vocês me pediram.
- Olhe, isso é com dona Lúcia. Espere um pouquinho, que ela está em reunião.
Chega dona Lúcia.
- É a senhora que é dona Lúcia?
- Sou. Em que posso servi-la?
- Esses são os documentos de minha mãe.
- Isso não é comigo não, minha filha, é no 4° andar, com seu Jorge.
No 4° andar.
- Seu Jorge, esses são os documentos de minha mãe, o senhor dá uma olhada?
- Pois não. (olha, olha, olha…) Você já falou com Mariinha?
- Não conheço Mariinha, falei com dona Lúcia.
- Espere um momentinho. Mariinha tá aí?! Êi, Roberto, Mariinha tá aí?!
- Tá nãããããããããããããããõ!
Voltando-se para a suplicante.
- A senhora espere um pouquinho, que ela tá já chegando.
Depois de 30 minutos.
- Olhe, a senhora vá até o 6º andar e fale com Alexandre. É ele quem cuida disso.
- Tá bem.
Dentro do elevador.
- Olhe, isso é com dona Lúcia. Espere um pouquinho, que ela está em reunião.
Chega dona Lúcia.
- É a senhora que é dona Lúcia?
- Sou. Em que posso servi-la?
- Esses são os documentos de minha mãe.
- Isso não é comigo não, minha filha, é no 4° andar, com seu Jorge.
No 4° andar.
- Seu Jorge, esses são os documentos de minha mãe, o senhor dá uma olhada?
- Pois não. (olha, olha, olha…) Você já falou com Mariinha?
- Não conheço Mariinha, falei com dona Lúcia.
- Espere um momentinho. Mariinha tá aí?! Êi, Roberto, Mariinha tá aí?!
- Tá nãããããããããããããããõ!
Voltando-se para a suplicante.
- A senhora espere um pouquinho, que ela tá já chegando.
Depois de 30 minutos.
- Olhe, a senhora vá até o 6º andar e fale com Alexandre. É ele quem cuida disso.
- Tá bem.
Dentro do elevador.
- O senhor me leve até o 6° andar, que eu quero falar com seu Alexandre.
- Olhe, seu Alexandre não trabalha mais aqui, não, ele está na rua Fulano de Tal, nº tal, depois da lanchonete tal, pegando a esquerda.
A suplicante desce e se encontra com uma vizinha.
- E aí, resolvestes o problema de tua mãe?
- Ainda não, Quitéria, eu entrei no prédio errado.
(O resto da história? Eu já fiz quase a metade...)
- Olhe, seu Alexandre não trabalha mais aqui, não, ele está na rua Fulano de Tal, nº tal, depois da lanchonete tal, pegando a esquerda.
A suplicante desce e se encontra com uma vizinha.
- E aí, resolvestes o problema de tua mãe?
- Ainda não, Quitéria, eu entrei no prédio errado.
(O resto da história? Eu já fiz quase a metade...)
Sosígenes Bittencourt
6 comments:
O resto da história é o que todo brasileiro depara-se no cotidiano.
Parafraseando-lhe: "É uma verdadeira esculhambação"
Se você estiver com saúde e entrar numa fila do INSS, adoecerá.
(O resto da história? Eu já fiz quase a metade...)
final perfeito ahahahaha
Acredite na sua saúde e não no INSS.
E o sapo barbudo concedeu um reajuste "marolinha" de 5% para aposentados e pensionistas. Viva o populismo e o analfabetismo. Viva as filas nas lotéricas da caixa pra receber a "Carteirinha Família" da Dilma e do companheiro de Caetés. PT saudações!!!
Ah! me aguardem! Contar-lhes-ei uma impagável que se deu no balcão do INSS.
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