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Só sei que, entre uma explicação e outra, Elba sacodia os cabelos, abria a boca e se danava a cantarolar, revirando os olhos e gemendo, como um instrumento ovacionando os sentimentos. Sei não, mas também nunca vi um cara para escavacar mais o coração do que esse tal de Cezinha, dedilhando a sanfona. Nas mãos deste perito, ela dá pinotes no pentagrama, assobia e lamenta. Dr. Edgar Pessoa de Melo deve ter imaginado o que aquele casal não provoca nas artérias obstruídas de um animal estressado. Em mim, valeu pelo cochilo da tarde, me animando a tomar um banho e sair pra rua e puxar conversa.
Forte abraço!
Sosígenes Bittencourt
2 comments:
Grande Samir! Já faz um tempão que não o assisto. Essa eu perdi, infelizmente.
Foi um verdadeiro espetáculo. Depois de Sivuca e Hermeto Pascoal, não vi ninguém conversar mais com a sanfona do que esse tal de Cezinha.
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