Sorvendo uma taça de VINHO, fui convocado a falar a
VERDADE. Como na expressão latina IN VINO, VERITAS! (no vinho, a verdade).
Queres saber quem é o homem, vai buscá-lo no fundo de uma garrafa de vinho.
Botei pra falar mais
do que o homem da cobra.
Quando perguntaram a minha genitora: - Esse menino já está falando, Damariz?
Quando perguntaram a minha genitora: - Esse menino já está falando, Damariz?
A ariana respondeu: - Já está apanhando para
ficar calado.
Mas, tomei a deliberação de, entre um gole e outro, falar sobre o deus DIONÍSIO.
Mas, tomei a deliberação de, entre um gole e outro, falar sobre o deus DIONÍSIO.
Dionísio era um deus diferente. Filho de
Zeus com a mortal Sêmele, habitou entre os homens. Quando levantou a mão e fez
o sinal de convocação, as mulheres entraram em êxtase e se danaram. Abandonaram
o fogão, seus maridos, seus filhos, e fugiram para dentro dos matos. Escalaram
os montes e foram praticar toda sorte de orgia. Porque Dionísio era um deus
contente, deus da fertilidade, da embriaguez e do deboche. Dionísio foi quem
inventou a LIBERDADE. Ele não queria ser alvo da tirania dos deuses do Olimpo,
do capricho daqueles nababos. As mulheres desabaram na relva, arriaram os
vestidos, entraram em delírio, rolaram as cabeças, revirando os olhos e
dançando. Beberam muito vinho, se lambuzaram de mel, leite, néctar, comeram
carne crua de cabrito, se espojaram no chão.
E era isso mesmo, o vinho era usado para o
transe, a desinibição, a alegria. Uma vez, as MÉNADES ficaram tão arretadas que
estraçalharam PENTEU, Rei de Tebas. Porque o vinho também endoida o cabeção,
deixa o vivente com a cara aparvalhada, ébrio.
Todo mundo tem sua versão dionisíaca, sua vontade de fazer doidice, mandar o resto para o raio que o parta. Remonta ao tempo em que não existiam os deuses, e os homens eram demônios. Ninguém mandava na caterva medonha. Faz tanto tempo assim?
Todo mundo tem sua versão dionisíaca, sua vontade de fazer doidice, mandar o resto para o raio que o parta. Remonta ao tempo em que não existiam os deuses, e os homens eram demônios. Ninguém mandava na caterva medonha. Faz tanto tempo assim?
Carnavalesco abraço!
Sosígenes Bittencourt
Sosígenes Bittencourt
1 comment:
Ninguém é imune a maluquices. Os poetas são considerados malucos, no entanto são os jogadores de xadrez que enlouquecem.
O filósofo e poeta alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) concluía: Temos a ARTE para não morrer da VERDADE. Sem a MÚSICA, a vida seria um ERRO.
O pensador espanhol Miguel de Unamuno (1864-1936) ensinava que "O homem vive de RAZÃO e sobrevive de SONHO.
Ninguém assiste ao Carnaval de Alegoria, participa, envolve-se, qual um personagem numa peça teatral ou um ator numa película cinematográfica.
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