Uma vez minha mãe disse a minha irmã que comida de rua
era porcaria. Quando o doce japonês passou na porta de casa, minha irmã pediu a
minha mãe: - Mamãe, compra porcaria pra mim.
Comi muito as cocadas de dona Isabel, algodão de açúcar,
pirulito, cavaco, chupei picolé de mangaba. Eu comia essas guloseimas populares,
escondido, porque mamãe não queria que eu degustasse comida de rua. Foi quando
aprendi que tudo que dá medo e é proibido excita o desejo.
Hoje, porcaria que eu conheço é comida industrializada e
preservada na base do conservante. Tá ligado?
Sosígenes Bittencourt
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