Monday, November 10, 2008

Estudando Português



A Reforma Ortográfica e a Publicidade
Paulo Gustavo
O presidente Lula assinou recentemente o decreto que implanta e sacramenta o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entre os países lusófonos, que entrará em vigor a partir de 1° de janeiro do próximo ano. É bom ressaltar que não há propriamente uma “reforma” no sentido usual do termo. Na verdade, só meio por cento – para ficar com um percentual redondo – das palavras em português brasileiro, não são mais do que isso, será atingido. Logo, não há motivo para estresse. Nada, portanto, que não se aprenda em poucos meses… O que vai necessitar de consulta, para os mais cuidadosos, são os casos de palavras com ou sem hífen. Algumas não terão mais o sinal, como “infraestrutura”, e outras passarão a tê-lo. No mais, continua tudo na mesma.
No dia-a-dia, seja da publicidade, seja da vida em geral, não se usam habitualmente mais que 3 mil palavras. Em tal universo, é provável que, no início, haja estranheza com relação a alguns vocábulos mais freqüentes (voo, ideia, joia, etc). Depois, o hábito vai fazer sua parte. A propósito, se passar, num exame ou numa peça, um rápido “vôo”, uma antiga “idéia” ou uma “jóia” envelhecida por um acento agudo, ninguém poderá censurar, pois há um prazo de quatro anos para a convivência das duas grafias.
(Paulo Gustavo é revisor e consultor editorial)

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