Thursday, June 04, 2009

Fala, Vitória

Dr. Ivo Queiroz
Porque redigi sobre a morte de José Augusto Ferrer, me perguntaram se eu sabia alguma coisa sobre seu arqui-inimigo, Dr. Ivo Queiroz, morto há tantos anos, celebrado num dos maiores cortejos fúnebres a que Vitória já assistiu. Pois não.
Conheci Dr. Ivo Queiroz pessoalmente. A política de Ivo era socorrista, botava a pobreza no colo, dava o diagnóstico e o remédio. Salvou muitas vidas. Contam que Ivo ficou rico calçando a cidade e construindo casa para o povo morar. Tinha uma pedreira. Uma das acusações mais ferrenhas é a de ter promovido o êxodo rural. No que construiu casinhas e doou, atraiu a matutada para a periferia. Precisei de Ivo duas vezes, e ele me atendeu imediatamente. Dizem que foi porque não lhe pedi dinheiro. No final, o campeão de urna levou uma lavagem de Breckenfeld e morreu de câncer. Guardo de sua figura uma frase histórica: "Não existe a palavra cansaço no dicionário do meu coração, amo mais o povo do que minha própria vida." Até mais, Ivo!
Sosígenes Bittencourt

8 comments:

maluco consciente said...

Em tempos de mandato político de Dr. Ivo Queiroz eu ainda era um pré-adolescente, mas, hoje, faço reflexão sobre o inconsciente político da população de Vitória.
A população de Vitória ovacionou demasiadamente a vitória do atual prefeito. Creio que Elias Lira não tem mais possibilidade de administar uma cidade; principalmente com a "(in)cultura" que possui. Seu mais conhecido secretário é o "diretor-presidente" da FACOL Paulo Roberto, que em suma aos meios de educação, submeteu-se à outra secretaria. Com tanta falta de cultura na cidade, a população (os governates) nem percebe que até a própria Secretaria de Cultura deveria está envolvida numa ação em combate as drogas e a violência. Em Vitória não existe Secretaria de Cultura, apenas de Educação, administrada por pessoas sem educação.

Dryton Bandeira said...

Em alusão ao comentário formulado pelo said... nunca ajuizado e nem sempre consciente, gostaria de engendrar alguns comentários:
1 - Tive a oportunidade de conviver com Zé de Guga e com Dr. Ivo;
2 - Eleitoralmente, vitória é sempre vitória. Principalmente quando galgada contra uma estrutura de 8 anos de poder e 8 anos com caneta e chaves dos cofres nas mãos. A alternância do poder, é o mais puro exercício da democracia.
3 - Se um cidadão, detentor de parca cultura pode gerir os destinos de uma nação, não seria um "maluco" que se arvoraria a atestar a incapacidade administrativa e gerencial de outro "companheiro".
4 - O atual secretário de Turismo Cultura e Esportes, é o mais conhecido de todos do staf, pelo fato de atuar na vida esportiva, política e cultural do município, desde 1990.
5 - Folgo em informar, que na Vitória de Santo Antão, não existe Secretaria de Cultura. É só consultar o organograma da administração municipal. Os críticos e desavisados deveriam saber que: O Diretor de Cultura do município, é o Professor e Doutor Pedro Humberto. Pesquisador do CNPq, Professor da UFPE, Biólogo com formação acadêmica em Bruxelas, Pós-graduação na Universidade de Ciências e Tecnologia de Lille, na França e outras coisicas mais...
6 - Qual o curriculum do último gestor da pasta da cultura vitoriense?
7 - A desinformação, também gera violência e leva às drogas!!!

maluco consciente said...

Não quero entrar em conflito com nenhum "cidadão-eleitor" de Vitória, mas a propósito devo salientar que quando falo em não existência da Secretaria de Cultura, é pelo simples desatino da mesma.
Outra coisa, já estive em contato -por ocasião, mas ele não lembra - com o comentarista do blog, dryton; mas, a mais pura verdade é que a cidade de Vitória sempre será a mesma monotonia alienista. Vitória é de assombrar e assombrar-se. Não importa a titulação dos governantes e membros involvidos. Ademais, titulação não prova conhecimento de ninguém; quando na verdade precisamos de governates para um desenvolvimeto futuro e não de governantes que governam para a eleião.

maluco consciente said...

Ainda, salientando, porém sem perder o respeito, queria enfatizar que nunca ajuizado e nem sempre consciente são justamente os analfabetos, politicamente, desta cidade assombrosa.

Sosígenes Bittencourt said...

É isso que faz desse blog, em Vitória, o mais acessado, justamente a diferença. Sua grande novidade tem sido a originalidade. Quero abraçar os contendores pelo exercício democrático da liberdade de opinião.

Anonymous said...

Capacitação ainda é uma boa alternativa, creio eu, que sempre será; como informou o comentarista Dryton Bandeira: (O Diretor de Cultura do município, é o Professor e Doutor Pedro Humberto. Pesquisador do CNPQ, Professor da UFPE, Biólogo com formação acadêmica em Bruxelas, Pós-graduação na Universidade de Ciências e Tecnologia de Lille, na França e outras coisicas mais...) fico imaginando como seria proveitoso, se todos os nossos governantes tivessem uma capacitação universitária para aprimorar as suas habilidades políticas. Talvez as coisicas melhorariam um pouco mais.

Alternância de poder é o mais puro exercício de democracia. Concordo Plenamente!!! Mas ainda precisamos aprender um pouco ou muito sobre isso.

A desinformação, também gera violência e leva às drogas; e principalmente se a desinformação atingir os nossos queridos representantes.

Minha opinião: O político de hoje em dia (século XXI) tem que se adequar aos tempos modernos.

Lissandro Nascimento said...

Recomendo a leitura do Livro "José Augusto Ferrer, Sim,Sim... Não, Não!", do meu colega de trabalho e amigo Pedro Ferrer.
Vcs saberão mais sobre o Dr. Ivo que tive a chance de conversar sobre conjuntura política.
Lá vcs constatarão que não mudou nada o comportamento de nossos parlamentares na década de 1960 para a atual legislatura.

Fiquei surpreso do quanto somos órfãos de verdadeiros homens públicos.

Lissandro Nascimento.

Sosígenes Bittencourt said...

Daí, minha conclusão: O futuro a que chegamos denuncia o passado que tivemos.
Carecemos de homens de visão para o futuro, não para eleições próximas. O Brasil não trabalhou seu futuro, por isso essa legião de párias. A expressão "órfãos de homens públicos" é pertinente.
Forte abraço!