Na realidade, "do Ipiranga" faz parte do sujeito, mas o núcleo do sujeito é "margens". Que tal esta outra explicação:
Quem estudou análise sintática suou para encontrar aí o sujeito. O recurso é remontar a oração, colocando-a em ordem direta: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico”. Agora ficou mais fácil. Sujeito: as margens plácidas. E margens ouvem?!... Metaforicamente, podem ouvir sim. As margens plácidas (calmas, tranqüilas) do riacho Ipiranga ouviram o brado (o grito) retumbante de um povo heróico (o povo brasileiro, ali representado por Pedro I, que bradou: “Independência ou morte!”
5 comments:
Costumava fazer esse tipo de análise em poemas parnasianos que, diga-se de passagem, também há muitas inversões sintáticas.
Era recurso utilizado no Barroco, mas sofisticada firula literária em qualquer tempo e escola literária.
Parabéns pela sua brilhante explicação, mas venhamos e convenhamos o português não é fácil. Às vezes acho melhor estudar matérias exatas, do que o nosso belo e difícil português. Mais com essa explicação conseguir entender esse problema portumático.
Quem lida com a lógica, geralmente tem melhor colaboração do hemisfério esquerdo do cérebro. Já quem lida com conteúdos subjetivos, tem o hemisfério direito mais aguçado.
Forte abraço!
Meu professor de portugûes pediu para fazermos a análise morfossintática de tal oração, inicialmente fiquei com dúvida, mas foi moleza!
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