Arnaldo Jabor
Não se fazem mais miseráveis como antigamente. Os humanistas, coitados, estão de mãos abanando. A miséria abandonou a literatura e virou notícia. Sem laços materiais, vagando pelos séculos, ela sempre fascinou os artistas.
A miséria já teve seus dias de glória. A miséria já deu muito lucro a artistas e intelectuais; hoje, não vale nada. Hoje, os miseráveis nos atacam e não sabemos o que fazer com nossa antiga “compaixão”.
A miséria perdeu o seu charme. É um desfile pardo e sujo a que tentamos assistir de costas.
O que irá acabar com a miséria? Ninguém sabe.
Os pobres já tiveram um grande valor, aclamados pelo Cristianismo. Agora, não passam de um mercado emergente para as igrejas bilionárias.
Os pobres não são mais oprimidos. São excluídos. Vagam nas bordas, como náufragos querendo subir no navio. Não podem.
A consciência do problema não traz mais problemas de consciência. O espaço e o tempo dos excluídos são diferentes dos nossos. Eles não têm segunda-feira, happy hour, feriado.
Não se fazem mais miseráveis como antigamente. Os humanistas, coitados, estão de mãos abanando. A miséria abandonou a literatura e virou notícia. Sem laços materiais, vagando pelos séculos, ela sempre fascinou os artistas.
A miséria já teve seus dias de glória. A miséria já deu muito lucro a artistas e intelectuais; hoje, não vale nada. Hoje, os miseráveis nos atacam e não sabemos o que fazer com nossa antiga “compaixão”.
A miséria perdeu o seu charme. É um desfile pardo e sujo a que tentamos assistir de costas.
O que irá acabar com a miséria? Ninguém sabe.
Os pobres já tiveram um grande valor, aclamados pelo Cristianismo. Agora, não passam de um mercado emergente para as igrejas bilionárias.
Os pobres não são mais oprimidos. São excluídos. Vagam nas bordas, como náufragos querendo subir no navio. Não podem.
A consciência do problema não traz mais problemas de consciência. O espaço e o tempo dos excluídos são diferentes dos nossos. Eles não têm segunda-feira, happy hour, feriado.
2 comments:
É meu caro Arnaldo Jabor, é mesmo assim que as coisas funcionam hoje em dia. Existem certas ceitas religiosas que manipulam alguns pobres coitados, oferecendo-lhes prosperidade em troca de dízimos taxados.
Opressão é mesmo coisa do passado, hoje o negócio é na “Inhanha” é na base da opressão mesmo. Os excluídos, ou melhor, oprimidos, nem sabem o que são: feriado, happy hour ou hora feliz (como queira). Isso tudo pros oprimidos é tido como artigos de luxo, usados por poucos. Feriado de excluído é fazendo hora extra, feriado de rico é fazer happy hour.
Os pobres já sonharam com o futuro, hoje vivem um "presente" enorme e interminável. Parece haver uma guerra concêntrica dos ricos, que destrói a esperança dos pobres.
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