Lula é indiscutivelmente uma inteligência prática e orientada. Agora mesmo, disse o que jamais defendeu quando era sindicalista: que não era hora de trabalhador pedir aumento, alegando a crise financeira das empresas. E ainda deu orientação. Disse que os empregados tinham que fazer com que as empresas melhorassem suas vendas para preservar os seus empregos. Relembremos, oportunamente, a Revolução de 31 de março de 1964. Quando João Goulart quis defender a pobreza, assombrou de tal forma as oligarquias que parte da sociedade civil, clero e Forças Armadas pactuaram o Golpe que o destituiu do Poder. Lula sabe que não há como socorrer os pobres sem agradar os ricos, sem convencê-los a ajudar. Sabe também que não pode trazer a classe trabalhadora que tanto defendeu, para o patamar de vida de que desfruta. Lula não estudou, mas aprende, porque faz parte de sua meta, de seus objetivos, ouvir os mais experientes. Lula não tem pinta de ditador, é um brasileiro sofrido e que se diverte com o poder, sem histerismos e obediente àqueles que não têm o seu carisma, mas têm a visão acadêmica de que carece. Não se sabe até quando permanecerá nos píncaros das estatísticas, com uma crise que acaba até casamento.
Sosígenes Bittencourt
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