A arte de Sumaya Bittencourt é de uma singularidade impressionante. Não só pela imensa qualidade indiscutível em seus versos, mas pela sua ousadia em publicá-los em livro. Sim! Publicar é de uma ousadia imensa. É abrir-se por inteiro para que desconhecidos mergulhem em seu interior sem estar preocupado com absolutamente nada. A autora e a obra vivem um verdadeiro paradoxo. De um lado, a autora afirma: “Nunca me disse poeta” do outro a obra descaradamente lhe contradiz, classificando-a não só como poeta, mas como uma daquelas que verdadeiramente exprimem o sentimento humano. Criar é inerente à vontade do homem, como ser. Criar algo com qualidade é outra história. O livro de Sumaya está muito bom. São 38 poesias organizadas em quatro partes que complementam o seu título. Belamente ilustrado pelo André Macambira e publicado pela Editora Baraúna, sob supervisão editorial do escritor que vos fala e coordenado pelo escritor José Ricardo Paes Barreto.
Arquiles Petrus
No comments:
Post a Comment