Antigamente, o cabaré da cidade era lá na Rua Primitivo de Miranda. Era opcional, ia quem queria. Hoje, pode ser na sua rua, na porta da sua casa. Basta alguém querer ganhar um dinheirinho às custas do seu desassossego. Foi o que aconteceu, por exemplo, Sábado, 13, no pátio de eventos do Clube dos Motoristas O Cisne, no bairro do Cajá. O conjunto era daqueles que canta MÚSICA PRA PULAR BRASILEIRA. A macacada invade a rua, arrebita mala de carro, explode decibéis no pé do ouvido da velharada, tira a camisa e enrola no punho, troca umbigada, pita marijuana, urina nas calçadas e se escancha como imitasse o concurso carnal. Observe que o signatário que vos redige gosta de dança e frequentou cabaré. Só que Zona de Baixo Meretrício era lá no seu lugar. A gente trocava de roupa, botava perfume e ia namorar. Havia norma no puteiro, ninguém chamava nem nome feio. Hoje, se você quiser ver o que é esculhambação, sente-se numa praça ou vá para a porta de um colégio. E se resolver entrar, tenha cuidado. Um aluno malvado pode confundi-lo com um professor, lhe puxar pelo cabelo ou dar-lhe uma rasteira.
Boa sorte e aquele abraço!
Sosígenes Bittencourt
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