Tuesday, November 03, 2009

Medo de voar

A queda do helicóptero da FAB no Rio Ituí, no Amazonas, reacende a velha discussão sobre o medo de voar. Ao comum dos mortais, a sobrevivência de 9 tripulantes parece conto de fadas, obra da transcendência ou milagre divino. Se existe céu por merecimento, Marcelo Santos Dias deve estar com Deus. Ele salvou todo mundo e morreu, já sem forças, agarrado com a aeronave.
Vinicius de Moraes dizia que "tinha medo de avião porque não tinha asas". Era um brincalhão. Já o cartunista Jaguar disse "não ter medo de avião, ter medo de aeroporto". Tem lógica. E Ariano Suassuna revelou "não ficar impressionado quando um avião cai, mas quando ele sobe".
Em 1996, folheando uma edição da Isto É, abri numa crônica de Ronaldo Jenkins de Lemos, sob o título "Os riscos de Voar", onde ele comparava os perigos de voar com outros perigos. Por exemplo, ilustrava que andar de bicicleta é 8,3 vezes mais perigoso que voar, e viajar de carro é 475 vezes mais arriscado que viajar de avião. E o mais curioso é que realizar atividades domésticas é 218 vezes mais arriscado do que fazer um voo. Não sei se essa estatística nos consola, ou nos deixa mais apavorados com a vida.
Boa sorte!
Sosígenes Bittencourt

2 comments:

Anonymous said...

Contribuindo com seu texto com base nos especialista em segurança (entre os quais existem várias discordâncias do que vem a ser perigo e risco:
• Viajar de avião ou de helicóptero é menos arriscado, apesar de ser mais perigoso, que viajar de carro, andar de bicicleta e realizar atividades domestica.
É tudo uma questão da “probabilidade da manifestação do perigo e de suas consequências”. Ou seja, é só observar as definições técnicas do que vem a ser Perigo e Risco:

- Perigo é a fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente do local de trabalho, ou uma combinação deles. Os perigos existem, mesmo que em proporções insignificantes, em qualquer atividade executada no cotidiano dos seres humanos. São conhecidos dois tipos de perigos:
- Os profissionais, que estão relacionados às atividades laborais das pessoas;
- Os genéricos, que estão relacionados às demais atividades dos seres humanos.

- Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e da(s) conseqüências de um determinado evento perigoso.

Um exemplo prático para o que hora estou explicando são as SOGRAS, que sem sombra de duvidas são consideradas como um PERIGO.
"Sogra quer onde ela estiver, longe ou próximo do genro ou da nora, é sempre um perigo e consequentemente representa um risco".
Assim dizendo podemos concluir:
o Que se ela mora no Japão e agente nem pensar em mandar uma passagem para ela nos visitar (existe risco, porém em proporções insignificantes);
o Que se ela mora na mesma cidade que moramos, no mesmo bairro, na mesma casa (veja o risco aumentando gradativamente até se tornar altamente significativo).

Solução para SOGRA, namorar, casar, viver, etc com parceiro ou parceira órfão. Não ter sogra.

Nota:
Na festa dos Monges você copiou meu e-mail e ficou de me adicionar em seus destinatários de matérias. Estou aguardando.

Sosígenes Bittencourt said...

Preciso que o anônimo saia do ANONIMATO. Estou confuso.
No mais, gostei da exlicação. No tocante a ter sogra, tenho apenas candidatas, pois não tive coragem de me casar. Será que há algum risco em ter candidatas a sogra?
Forte abraço!