Empregada doméstica dá muita literatura. Uma vez que nunca contraí matrimônio e mainha sempre foi caxias na escolha desse pessoal, dei-me a contar histórias.
Um dia apareceu uma empregada, lá em casa, mentirosa. A camarada era apaixonada pelo marido. Sabido e consabido é que todo apaixonado mente. A bicha era cheia de pantim e se gabava pra dedéu. Chegava a bater na palma da mão, toda arrebitada: - Meu marido come aqui! Quem manda sou eu!
Quando se contava um fato envolvendo uma mulher humilhada pelo marido, logo atacava: - Eu queria que fosse comigo. Ele ia ver o que é bom pra tosse. Comigo é mais quinhentos. Ele ia ver com quantos paus se faz uma jangada. - E abanava o dedinho, sacolejando os quadris, com aquele olhar enviesado.
Conversa vai, conversa vem, eis que, um determinado dia, aparece com um tufo no olho, popularmente conhecido como ray-ban. Não deu outra.
- O que foi isso, Mariinha? – indaguei.
- Foi uma casca de banana.
- Casca de banana?!!!
- Eu escorreguei e bati com a cara na parede.
Cá com meus botões: Eu vou perguntar esse negócio a mainha.
- Mamãe, o que foi aquilo no focinho de Mariinha?
- Foi o marido dela que soltou-lhe o braço!
Agora, diga que é mentira minha?
Sosígenes Bittencourt
Um dia apareceu uma empregada, lá em casa, mentirosa. A camarada era apaixonada pelo marido. Sabido e consabido é que todo apaixonado mente. A bicha era cheia de pantim e se gabava pra dedéu. Chegava a bater na palma da mão, toda arrebitada: - Meu marido come aqui! Quem manda sou eu!
Quando se contava um fato envolvendo uma mulher humilhada pelo marido, logo atacava: - Eu queria que fosse comigo. Ele ia ver o que é bom pra tosse. Comigo é mais quinhentos. Ele ia ver com quantos paus se faz uma jangada. - E abanava o dedinho, sacolejando os quadris, com aquele olhar enviesado.
Conversa vai, conversa vem, eis que, um determinado dia, aparece com um tufo no olho, popularmente conhecido como ray-ban. Não deu outra.
- O que foi isso, Mariinha? – indaguei.
- Foi uma casca de banana.
- Casca de banana?!!!
- Eu escorreguei e bati com a cara na parede.
Cá com meus botões: Eu vou perguntar esse negócio a mainha.
- Mamãe, o que foi aquilo no focinho de Mariinha?
- Foi o marido dela que soltou-lhe o braço!
Agora, diga que é mentira minha?
Sosígenes Bittencourt
3 comments:
Opa Professor, insira por favor meu banner do meu blog no seu se puder.Abraços, gostei da literatura da empregada domestica..hasuah...foi otima...
A mulher que domina, não precisa se gabar e nem falar nada. Só basta um olhar.
Tendo como autoridade máxima do país uma mulher, agora a força é nossa. E assim, muitas Marias, Fátimas, Joanas e outras começarão a mostrar sua força e suas histórias, mesmo que sejam através de uma piada.
Um feminista abraço.(rsrsr)
A melhor forma de dominar é sem dominar.
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