Wednesday, November 24, 2010

Uma lua no céu

Ontem, havia uma lua no céu. Contemplava-a pela janela do ônibus em movimento. Nada me inspira mais do que o burburinho das rodoviárias e a paisagem vista da janela; as viagens, mesmo de curta duração. Imagine o que não senti quando viajei de avião.
Uma menina, ao lado, me chamou a atenção: - Veja que coisa linda, professor. O senhor não acha que só Deus pode fazer uma coisa dessa?
Na realidade, se você observar direitinho a natureza, sentirá uma sensação de que Deus existe, embora esta emoção me pareça acontecer de forma diversa em cada um. Quer dizer, Deus não estaria na montanha, no mar ou no céu, mas dentro de você, é uma descoberta interior. Ninguém ensina Deus a ninguém. Se uma Igreja está cheia de fiéis, contudo, cada um crê na medida de sua fé. Tem fé que balança numa topada. Em outros, a fé produz vidência, premonição. Nem todo mundo é Daniel, que enxergava o mal, com os olhos espirituais, quando na aparência tudo parecia estar perfeitamente bem.
Ungido abraço!
Sosígenes Bittencourt

6 comments:

manoel carlos said...

"O elemento estrutural do cosmos, e a realidade fundamental da nossa experiência, chama-se alma imortal humana. Essa é nossa verdadeira constituição e verdadeira realidade. Somos almas imortais, e é só isso que somos."
olavo de carvalho

manoel carlos said...

"O elemento estrutural do cosmos, e a realidade fundamental da nossa experiência, chama-se alma imortal humana. Essa é nossa verdadeira constituição e verdadeira realidade. Somos almas imortais, e é só isso que somos."
olavo de carvalho

Anonymous said...

À noite, quando o céu estiver límpido, é quando podemos constatar como somos insignificantes. Basta apenas contemplar as estrelas.

Sosígenes Bittencourt said...

A dificuldade de acreditar na alma e sua imortalidade deve-se à dependência química dos prazeres cerebrais. Somos viciados nas sensações que a vida existencial nos proporciona. Espiritualizar-se implica renúncia, desapego, fé.
Etéreo abraço!
Sou do tempo em que havia tempo de acompanhar a réstia do sol e contar estrelas.
Sou do tempo em que o coral dos grilos compunha a sonoplastia das estrelas.
Reminiscente abraço!

Os Confundidos said...

Inspiradora postagem.
Publicamos em "Os Confundidos".

Abraços!

Sosígenes Bittencourt said...

São os únicos "CONFUNDIDOS" lúcidos que conheço.
Clarividente abraço!