As campanhas deixaram transparecer, mais uma vez, que os candidatos são mais importantes do que o próprio povo. Isso é um expediente concentrador de poder e que fere frontalmente a Democracia, onde o povo é ressaltado como o alvo mais significativo do regime. Por isso, a vitória de alguns candidatos pareceu um gesto de caráter democrático, onde o eleitorado aparece contrariando a supervalorização do candidato. Vitórias previamente decretadas, num aparente desafio à vontade soberana do povo, viram-se de repente condenadas pelo resultado.
Fica, portanto, uma lição para os vitoriosos: o culto à humildade. Pois o representante do povo não se representa, ele é o próprio povo e em nome dele deve exercer o seu mandato.
Esta é uma análise totalmente imparcial, objetiva, onde sequer o nome dos candidatos é declinado. Façam seus comentários para desenvolvermos debate sobre este ponto de vista. O blog está liberado, sem censura, o que não deixa de ser mais uma postura democrática, um meridiano respeito à opinião pública.
Sosígenes Bittencourt
2 comments:
Concordo plenamente com o senhor, bela análise, parabéns.
Vou complementar com uma opinião minha: acho que os políticos brasileiros estão mais interessados com o STATUS do seu cargo do que com a função dele. Isso prova que alguns brasileiros e principalmente aqueles que querem liderar, não sabem fazer política. Democracia é um lindo sonho que temos, mas que até agora não sabemos quando ela vai chegar. Enquanto o Brasil e o povo não se conscientizar que política deve ser exercida com respeito aos seus direitos e deveres; será difícil achar uma solução para esse quadro obscuro. Também penso o seguinte: se o Brasil investir pesado em educação, poderemos ter uma grande chance pra esse quadro mudar. É lamentável vermos uma parte da cidade em conflito com a outra, por causa de política e ‘’políticos’’, estamos em uma disputa escolhida por nós, eleição é perder ou vencer. Democracia não é estar nas ruas fazendo badernas e alvoroços por conseqüência de vitorias e derrotas, vamos compreender que desse jeito fica complicado acharmos uma melhoria pra nossa cidade.
Exatamente. É preciso repensar esta modalidade de campanha. A ótica jurídica precisa debruçar-se sobre seu 'modus operandi'. Afinal, os fatos históricos fazem o Direito, não o Direito faz os fatos históricos.
(Parabéns pelo arrojo e perspicácia do comentário!)
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