Monday, February 28, 2011
Márcio, Verônica e paixão
Resenha Esportiva
CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1987
Quanto ao título de Campeão de 1987 arrumado para o Flamengo, é mais uma falta de vergonha das autoridades brasileiras. É uma nação de bananas, onde o poder é manipulado nas barbas da Justiça e ninguém bota moral. E há comentaristas no Sul que ainda têm a disfarçatez de dizer que é só dar uma Taça ao Flamengo para acabar com a discussão. Pergunta a João Havelange quem foi Campeão de 1987. Consulta a FIFA. É numa hora dessa que sentimos vergonha de ser brasileiro, me desculpem a franqueza. É por isso que um arranca-toco qualquer, confiante na impunidade, acelera o automóvel sobre uma passeata de ciclistas, enquanto na Europa um motorista morre de medo de atropelar um gato.
Esculhambado abraço!
Saturday, February 26, 2011
A ilusão de Kadafi
Vamos ter ilusão, mas Kadafi é um sonâmbulo, nem parece que vai morrer. Os ditadores são assim, andam empedernidos, inspirados, embevecidos com o poder, como se a morte não passasse de uma assombração. Agora, aqueles que lhe outorgaram tanta autoridade e realeza, o ameaçam de dar uma pedrada na cabeça, chutá-lo que nem a um rato, entumescidos de raiva, danados da vida.
Liberado abraço!
Sosígenes Bittencourt
Thursday, February 24, 2011
Morte de Geane - 08/04/2007
Conheci Geane num comício. Era uma época de campanha política. Mais nova, tinha 4 filhos menores, oriundos de Catende, onde convivera com o pai das crianças. Pouco conhecida, residia na Vila Mário Bezerra, com sua mãe. Desde que a coloquei para distribuir a microrrevista Fragmentos, começou a ficar muito íntima no centro da cidade. Simpática e prestativa, levei-a para os lugares que frequentava, sempre recebendo elogios pela sua participação, muito embora não fosse um contrato de trabalho, mas uma parceria, não havendo vínculo empregatício nem remuneração estabelecida. Aos poucos, fui descobrindo-lhe alguns dotes, como cortar cabelo e dançar. Uma das reclamações que ouvia de sua mãe, dona Rode, era de que não gostava de estar em casa, quando tinha 4 menores para cuidar. Naturalmente, passara um bom tempo de sua adolescência enclausurada, sem tempo de se divertir, e agora havia surgido uma oportunidade. Em resumo, depois que passou a namorar um velho amigo meu, continuou querendo levar uma vida muito solta, embora enfrentando severas reclamações do seu companheiro. E de tantas andanças, tanta ânsia por diversão, perde a vida, abraçada com o seu irmão, num desastre de motocicleta, em cima da pista. Contam que ia para uma festa no Cabo de Santo Agostinho. Contam que, quando já estava sem vida, o seu celular tocava; era o seu companheiro, querendo saber onde ela estava. Sabe-se que colidiram com um caminhão.
Não tive outra alternativa. Ainda de madrugada, fui vê-la na casa funerária. Depois, velar-lhe o corpo em sua casa e pervagar a via do sepultamento. A caminhada foi longa, sob o mesmo sol que a aqueceu tantos dias, pelas ruas que atravessou tantas vezes. Ainda agora ouvimos o repicar das colheres de pedreiro e o murmúrio de dor de sua mãe. Adeus, Geane.
Sosígenes Bittencourt
Fala, Vitória
Todo Carnaval, boto pra me lembrar de gente que desapareceu daqui, por morte, ou sumiço, e era a cara da cidade. Por exemplo, quem pode ver a saída do Bloco ETsão, sem se lembrar de Dezinho Sapateiro? E quando me lembro de Dezinho, vem logo a figura de Zé Oião, casado com Socorro, o maior jogador de Sinuca da cidade, que morreu dançando no Clube Abanadores O Leão. Lembro-me de Mizura, fantasiado de bebê, de calua, de marinheiro; Geraldo Lima, corado e vociferante na calçada da PITÚ Lanches; Tonho Tripa, carregando uma récua de bêbados numa fubica; Manoelzinho de Horácio, caneiro velho. O médico que lhe tirou o baço e deu-lhe um ano de vida faleceu, e Mané viveu para lá dos setent’anos. Quem não se lembra do afrescalhadíssimo Brigitte? Uma vez, por excesso de galinhagem, tomou uma surra do irmão que ficou com um defeito no focinho. Lucinha Freire, Ladjane Duarte, Dinha e Bete Ferraz - eu era louco por essas meninas - Rubenite, Doraci Barbosa, toda mimosa na calçada do Banco; Maria Betânia, saudabilíssima, parecia uma propaganda de tonificante; Graça Arruda, de pernas adjetivas e cabelão; principalmente Buga, de Luiz Cassanique, baixinha e gordinha, parecia uma almofada, a minissaia inaugural do Colégio Municipal. Êita mundo velho sem porteira! E quem se lembrar de mais gente, pode telefonar, que eu aqui vou atrás do bloco de quem ficou, porque a festa não tem hora pra acabar.
Carnavalesco abraço!
Sosígenes Bittencourt
Wednesday, February 23, 2011
Tuesday, February 22, 2011
Kajuru e a esperança
Internet e Ditaduras
Não tem Ditadura nem Reinado que se segure com a internet no ar. Por isso que os encastelados, os entronizados no poder mandam logo desligar os fios da comunicação aberta e instantânea, a informação virtual, a enciclopédia da humanidade. E depois que Hosni Mubarak foi convidado a dar o pira, depois de 30 anos cantando de galo no Egito, derrubar ditador virou moda. Até Muammar Kadhafi, que era o Cão do Terceiro Livro, há mais de 4 décadas pintando e bordando na Líbia, diz que botou os picuás debaixo do sovaco e vai se picar. Os Mohammed estão com os dias contados. Até Marrocos enterra os pés e manda o Rei se calar. Abaixo o “L’état c’est moi” (o Estado sou eu), de Luiz XIV! Os marroquinos querem viver a vida. Sentem-se sufocados por uma Constituição que julgam haver sido confeccionada para escravos. Ninguém agüenta mais ver uma casta enricando às custas do sacrifício do restante do rebanho. O povo virou manada de operários do Poder, rebotalho humano. Não há Justiça nem Liberdade para socorrer os agoniados. Prevalece a denúncia de José Rainha: “Aos ricos, o favor da lei; aos pobres, o rigor da lei.”
A internet foi o estopim que fez o mundo explodir contra a opressão, a arrogância, os regimes autoritários. É a interação, as denúncias e esclarecimentos na mídia cibernética. E as pseudodemocracias que se cuidem. Quem pensar que é o democrata-mor porque foi eleito pelo povo está enganado. Não governou em nome do povo, pelo povo e para o povo, mas em nome do governo, pelo governo e para o governo, vai ver o cancão piar. Ditadura travestida de democracia é Democradura.
Sosígenes Bittencourt
Monday, February 21, 2011
Resenha Esportiva
Sunday, February 20, 2011
Saturday, February 19, 2011
Agradecimento
A poesia é essencial
Leonel Azevedo - compositor
Um juramento falso faz a gente sofrer
Um sorriso fingido dos lábios de uma mulher
Quando se tem amizade sofre-se dor de verdade
Sempre com os olhos fitos na felicidade
É dura, é triste, é cruel
A dor de uma saudade
Quando se teve nas mãos a felicidade
Quanto fui tolo, confesso
Isso é conto de fadas, é tapiação
O amor nunca existiu
É interesse, é ilusão
Comigo não!
Eu que sempre acreditei na possibilidade
De ver passar esse amor para a eternidade
Foi um sonho que pereceu
Foi mais uma quimera que se desfez
Eu já fiz um juramento e não amo outra vez
Friday, February 18, 2011
E eu namorando...
E eu namorando...
Thursday, February 17, 2011
Wednesday, February 16, 2011
Ronaldo e "fenômenos"
Tuesday, February 15, 2011
Foto
Monday, February 14, 2011
Seu Lunga, sutilezas da brutalidade
Nada melhor para aplacar os traumas da segunda-feira do que dar umas gaitadas com algumas histórias de Seu Lunga, aquele comerciante cearense, conhecido como o homem mais ignorante do planeta. Nosso Guinness Book da brutalidade é um baita respondão, mas bom da cachola, não perde a presença de espírito. Dá só uma mancuricada no que é capaz de aprontar.
- Pra mim podia ter perdido ou empatado. Não torço por nenhuma promissória.
Seu Lunga entrando em uma agropecuária.
-Tem veneno pra rato?
-Tem! Vai levar, Seu Lunga?
- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui.
- Tá bom, pai! Tá bom, pai! Tá bom, pai!
- Quando tiver ruim, diga!
- Lunga! Tá me dando uma coisa...
- Receba!
- Mas é uma coisa ruim!
- Então, devolva!
Numa parada do percurso, uma senhora entra no ônibus e, chegando perto de seu Lunga, pergunta: - Senhor! Nessa cadeira tem alguém sentado?
- Se tiver, eu tô cego!
- Passeando com o cachorrinho, Seu Lunga?
- Não. É meu passarinho! - pegando o podle e sacudindo pro ar.
Sunday, February 13, 2011
Prédio e Lembranças
Reminiscente abraço!
Friday, February 11, 2011
Dia de Thomas Edison
Fala, Vitória
Thursday, February 10, 2011
Wednesday, February 09, 2011
Dia do Frevo
Tuesday, February 08, 2011
O Egito e a reflexão de Hannah Arendt
Sosígenes Bittencourt
Conselhos letivos
Não deixe de revisar, para não esquecer.
Os conhecimentos de hoje são o alicerce
para os conhecimentos de amanhã.
Nunca deixe de ler, o mundo das imagens
vai obrigá-lo a descrever.
Não há nada no mundo audiovisual
que não mereça explicação,
e não há explicação sem comunicação
oral ou escrita.
Você pode deixar de ler,
mas terá de falar e escrever.
Sosígenes Bittencourt
Thursday, February 03, 2011
Quadro de Frases
Fala, Pombos
Por isso, muitos professores fazem de contas que ensinam, porque os alunos fazem de contas que aprendem, e o município faz de contas que paga.
Pombos é um apêndice de Vitória. Não diria que deveria ser amputada, mas tudo que tem de ruim em Vitória, Pombos imita. Acampamento de barracas, mictório ao ar livre, show brega, Segunda sem Lei, etc. E daí, assalto, estupro, poeira, buraco, sobressalto.
Imitado abraço!
Wednesday, February 02, 2011
O Egito pegando fogo
O Egito é um caldeirão no fogo, e Hosni Mubarak, mumificado no poder. Também não era para menos, desde 1981 abana o dedinho e manda o povo se calar. É no que dá perpetuar um cidadão no governo, sem o arejamento democrático da alternância de poder. Segurou no trono, descamba pra ditadura. E logo no seio de um regime Teocrático, onde o Direito rege-se pela Sharia, o código de leis do Islamismo. Aquele que esgana homossexual, decepa a mão de quem furta um limão e apedreja mulher que faz safadeza. Além do mais, um regime que privilegia uma casta e deixa o resto cheirando a vara de Batista. No Brasil, é melhor. Você pode esculhambar com o presidente, encher a caveira de cachaça e fazer nenen no meio da rua. Aqui, tem um mês de Carnaval, futebol todo dia, novela pornográfica e música fuleira pra você remexer o esqueleto 24h no ar. Diz que o Carnaval nasceu no Egito, mas o maracatu é aqui.
No Egito, a pobreza roça na riqueza e a classe média vive esperneando, com medo de cair na miséria. O regime é tão autoritário que apaga a internet, emudece os celulares e dá toque de recolher, transformando a nação numa gigantesca película de terror. Mas, o povo está arretado e não dá moleza, arrosta canhões e a polícia, disposto a incendiar as pirâmides, apedrejar os sarcófagos e afugentar as múmias.
Rebelado abraço!
Sosígenes Bittencourt