Wednesday, February 09, 2011

Dia do Frevo

Não é possível se falar em Dia do Frevo, sem se referir a Pernambuco, Vassourinhas e Felinho. Porque não há dúvida de que o frevo nasceu entre Olinda e Recife, e é o único ritmo genuinamente nacional. Não existe frevo nem nada parecido em lugar nenhum do mundo. Até a palavra frevo vem do verbo "ferver", oriunda da pronúncia troncha, como "frevura", referindo-se às atividades canavieiras, como nos engenhos de açúcar.
Diz que Vassourinhas, considerado o Hino do Carnaval Pernambucano, foi composto por Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, para o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, lá pelo início do século passado, mil novecentos e alguma coisa. Porém, há quem tenha fuxicado que viu Joana cantando os versos de Vassourinhas para Matias, já em 1889. Sei não.
Felinho, Félix Lins de Albuquerque (1895-1980), conhecido popularmente como O Homem dos 11 Instrumentos, nascido ali em Bonito, inventou 7 Variações para sax-alto, no meio de Vassourinhas, em 1941. O frevo foi gravado, com a novidade, em junho de 1956, pela orquestra de Nelson Ferreira, para incendiar a Terra dos Altos Coqueiros.
Infelizmente, já não se toca Vassourinhas como antigamente. Tenho uma cópia da execução original, para dizer que deram uma vassourada no Hino do Carnaval Pernambucano.
Fervoroso abraço!
Sosígenes Bittencourt

2 comments:

Anonymous said...

O senhor tem uma cópia da execução original? Que privilégio! Teria como o senhor disponibilizar essa preciosidade para nós leitores da revista virtual fragmentos? Basta apenas converter a música para o formato MP3, fazer o upload da mesma para internet e nós leitores baixaremos com muito gosto. (se possível, é claro) A cultura pernambucana é riquíssima, uma pena que ela não é valorizada pelos cantos de Pernambuco. A fuleiragem music está em 95% dos lugares do nosso imortal Estado. Frevante abraço.

Sosígenes Bittencourt said...

Vou chamar um conhecedor dessa manobra para fazê-lo. Já coloquei em carro de propaganda, e até as alegorias balançaram. É o mais pernambucano dos momentos, uma aula de história contemporânea.
F(r)evoroso abraço!