Obama deve ter adorado visitar o Brasil. Dia de domingo, trânsitos terrestre e aéreo desobstruídos, povo pobre sorrindo, baticum, capoeira. Salvo o susto que a primeira-dama tomou, quando pensou que a criança que estava se amostrando iria cair com a cabeça no chão. É tudo o que um norte-americano não vê nem acredita, por isso fica admirado. Daí, sua saudação: "Alô! Maravilhoso!" Deve ter se lembrado do apelido do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa. Sabidíssimo, fez a concordância de gênero, 'maravilhoso' com 'Brasil'. Depois, viu o Rio, lá do alto, uma das mais espetaculares visões metropolitanas do planeta.
No coração de Obama, o Brasil é um país que não incomoda. Daí, haver dito que serve de exemplo para as ditaduras do mundo árabe. Deu a entender que o Brasil é uma democracia. Agora, vai dar um saltinho ali no Chile. Como vai falar de acordo nuclear, o Greenpeace já se prepara para dar-lhe uma vaia. É que o Chile é chegado a terremoto, o que justifica o terrível pavor a bregueços atômicos.
"Maravilhoso" abraço!
Sosígenes Bittencourt
2 comments:
Com a prática da democracia depois de anos na ditadura, o Brasil está ganhando respeito no âmbito internacional. Está loooonge de ser uma democracia maravilhosa... mas, é praticando que se aprimora. É inegável a simpatia de Obama. Um homem com muita presença de espírito. Quanto a ser o homem mais poderoso do mundo, ainda tenho minhas dúvidas. Mas que ele teve poder para aprovar uma intervenção militar na Líbia enquanto estava em solo tupiniquim, não tive dúvida que ele tem poder para isso. ObaMaravilhado abraço.
Boa observação. Democracia continua sendo uma utopia por aqui. Democracia não é regime político porque não depende de mandatário nem se resume ao ato de votar. Democracia é sinônimo de comportamento, de educação, cidadania. Aqui, prevalece o autoritarismo, até os pobres são autoritários, prevalecendo a falta de respeito recíproco. No Japão, o tsunami é obra da natureza, ninguém roubou um limão. Na Líbia, o tsunami bélico é obra da safadeza, da falta de decência dos homens, falta de amor ao próximo.
Apocalíptico abraço!
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