Saturday, July 12, 2008

Uma lei sem moderação


José Teles

Eu não entendo quase nada de lei. Sei, quando muito, que o direito da gente termina onde começa o cassetete da polícia, mas na minha humilde opinião, uma lei que ameaça prender uma pessoa que tomou dois chopes é um despautério. Um indivíduo que entorna dois chopes e atropela alguém, é porque estava mesmo a fim de atropelar, e o faria mesmo tomando água benta.
Falando em água benta, se esta lei pegar, até os padres vão ter que celebrar missa tomando água de coco, ou gasosa.
Aliás, li um artigo de jurista paulista, no qual ele afirma que ninguém é obrigado a soprar em coisa alguma, se não quiser soprar, porque a Constituição dá-lhe o direito de não ser obrigado a provar contra si mesmo. Não sei se é verdade, mas dizem que o índice estabelecido para o álcool no sangue pode ser detectado até se o motorista tiver usado anti-séptico bucal.
Além do mais, olhando-se direitinho, os que bebem formam a classe mais pacífica do mundo, como bem já lembrou Millôr Fernandes: Nunca se viu um exército de bêbados de um país digladiando-se com um exército de bêbados de outro país.

5 comments:

Unknown said...

Com essa lei até os padres vão ter que manerá, só vão poder celebra uma missa por dia. Segundo um irmão meu disse que o papa vai entra com uma ação ontra essa lei.kkkkkkk ele é cheio de gracinha.

Unknown said...

A lei é por demais injusta para com as mulheres feias. Os homens sóbrios jamais terão coragem de encarar as barangas.

Sosígenes Bittencourt said...

Quando li que uma mulher feia melhora quando a gente bebe, lembrei-me de uma oração de minha autoria: Uma mulher beijada no escuro é sempre mais feia ou mais bonita do que é.

Unknown said...

Vale salientar que não é aconselhável ficar sóbrio, acender a luz e jamais deixar o dia amanhecer.

Sosígenes Bittencourt said...

O poeta Charles Baudelaire dizia que as mulheres são terrivelmente sugestivas. Penso que é pela sedução da perspectiva do concurso carnal. No entanto, os latinos diziam: "O homem é triste após o coito". Seria a impermanência das coisas. Imagine depois de cumprido o estatuto do corpo, o cidadão deparar-se com uma fêmea precária de beleza, absolutamente lúcido.