Cada vez mais presente entre os moradores dos grandes centros urbanos, síndrome é capaz de detonar qualidade de vida e causar muito sofrimento.
Rose Mary Bezerra
Irritabilidade, insatisfação existencial, dificuldade de concentração, déficit de memória, fadiga excessiva, sono alterado, dificuldade de extrair prazer nos estímulos da rotina diária, sentimento de insuficiência (nunca se é bom ou se faz o bastante). O que na aparência se identifica normalmente como mero estresse, estafa ou fadiga pode, na verdade, ser reflexo de um problema ainda maior, que costuma afetar as pessoas que vivem nos grandes centros urbanos e, ironicamente, recebeu a sigla Spa (do latim “sanus per aquam” é uma designação para o complexo turístico que promove atividades saudáveis de lazer, geralmente em contato com a natureza). Aqui, no entanto, é a Síndrome do Pensamento Acelerado, um mal moderno que atinge sobretudo os que escolhem as metrópoles para morar e trabalhar.
Dormir, para quê? É o que se pergunta frequentemente Regina e o questionamento comum dos portadores da Spa, dentre eles, uma avalanche de adolescentes que fica horas e horas ‘‘ligada’’ na internet, quase sempre falando com ene pessoas ao mesmo tempo no ‘‘msn’’, quando não muito com a TV ligada e conversando ao celular. É um super estímulo cujo resultado final, em termos de rendimento e qualidade de vida, é baixíssimo uma vez que o sistema nervoso humano não foi criado para excessos desse tipo.
Os lapsos de memória dos ‘‘acelerados’’ são mais freqüentes do que se imagina. Constata-se isso a cada momento. Nas recentes manchetes de jornais, por exemplo, sucessivos casos de pais e mães acusados de negligência aos filhos podem ter por trás exatamente esses excessos sobre a mente, que acaba falhando em algum momento. Um deles, esqueceu o filho de um ano e três meses dentro do carro. Por ter mudado sua rotina e deixado antes a mulher no trabalho, o bebê teve um final trágico.
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