Monday, June 07, 2010

Fala, Vitória

Forró pé-de-serra versus Trio elétrico

Forró pé-de-serra sempre foi barato e bem-vindo no interior pernambucano. Sou do tempo dos arraiais improvisados, dos são-joões na porta de casa, com adivinhações e bigodes postiços, para homenagear São João do Carneirinho. A palavra "quadrilha" era exclusivamente junina, o bloco do alheio ainda não havia se disseminado. Hoje, a outra "quadrilha" toca, e o povo dança. Acho que a Prefeitura não tem que revirar os cofres para incendiar o mundo, porque é São João. Depois, trio elétrico já está ficando fora de moda, com aquela barulheira criminosa e infernal, tocando até para animar Missa de Sétimo Dia.

Em resumo, às denúncias aqui elencadas, subjaz o desrespeito, oriundo da falta de EDUCAÇÃO DOMÉSTICA. Infelizmente, só nos resta, em derradeira instância, a repressão, o patrulhamento e o martelo implacável da lei. Não tem escapatória. Um dos exemplos foi a proibição de festas no AABB e, recentemente, de happy hour no Restaurante Shell Baiana. Segundo informações, já há denúncia também de abusos no Golden Goal. Só falta o Clube dos Motoristas aqui no Cajá. Uma desgraça! A macacada levanta a mala dos carangos e taca decibéis na alma da velharada, de sair sangue. Pita marijuana e ensaia o coito na cama de paralelepípedo. Observe que quem está fazendo esse escarcéu é um cidadão que gosta de festa. O detalhe é o seguinte: cabaré deve ser lá no seu lugar, não na porta da casa de quem quer que seja. É muito bom você promover uma festa, ensacar a grana e deixar o rastro de lixo debaixo do nariz alheio.
Seboso abraço!
Sosígenes Bittencourt

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